ENTENDA: Julgada por atrair a amante para marido degolar é condenada, mas ficará livre
A Justiça desclassificou o crime de homicídio doloso e Iris Adriana Barbosa da Silva foi condenada apenas por ameaça após ajudar no assassinato de sua amante Thais Giedry Borges dos Santos, na noite do dia 31 de janeiro de 2016, na Praça do Rádio Clube em Campo Grande. Nesta quarta-feira (13), o Ministério Público e […]
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A Justiça desclassificou o crime de homicídio doloso e Iris Adriana Barbosa da Silva foi condenada apenas por ameaça após ajudar no assassinato de sua amante Thais Giedry Borges dos Santos, na noite do dia 31 de janeiro de 2016, na Praça do Rádio Clube em Campo Grande.
Nesta quarta-feira (13), o Ministério Público e assistente de acusação pediam a condenação da jovem pelo homicídio, afirmando que ela teve ativa participação no crime. A defesa pedia a desclassificação do homicídio ou absolvição.
O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, acolheu a tese da defesa e desclassificou o homicídio doloso para ameaça, que tem pena de 1 a 6 meses de reclusão. Como Iris já ficou presa 1 ano e 16 dias, o juiz entendeu que não era necessária aplicação da pena para ela, que ficará livre.
Julgamento
No julgamento desta quarta, Iris afirmou que amava a amante. Ela foi acusada de ajudar Kielvnn de Moraes a degolar Thais. Ele teria obrigado a esposa a ligar para a amante marcando um encontro, na noite do dia 31, na Praça do Rádio Clube. Em depoimento, Iris disse que não sabia dos planos do marido.
Ela ainda contou que planejava fugir com Thais para a cidade de Corumbá, junto da filha – uma bebê de 9 meses. Iris não falou se Kielvnn teria descoberto o plano de fuga das duas. Mas, ela falou que ele sempre soube da relação que mantinham.
No dia do crime, Iris teria sido espancada pelo marido quando os dois estavam a caminho de Campo Grande. Eles moravam em Ribas do Rio Pardo. As agressões ficaram intensas depois que ela engravidou. Kielvnn chegava a trancar a esposa dentro de casa a deixando sem comida.
Este é o segundo julgamento de Iris que no primeiro havia sido absolvida pelo crime, enquanto seu namorado, Kielvnn de Morais, que também participou do homicídio foi condenado a 18 anos de prisão.
Relembre o caso
Após o caso que teve com Thais, Iris foi morar em Ribas do Rio Pardo onde trabalhou como garota de programa. Na cidade, a jovem conheceu Kielvnn com quem casou e assim deixou de fazer programas. Da união os dois tiveram uma filha que hoje tem nove meses. Porém, mesmo casados, Iris trocava mensagens e se encontrava com Thais na Capital.
Kielvnn descobriu as mensagens que ambas trocavam e começou a ameaçar Iris. Sob ameaças de morte, de acordo com a polícia, Iris alega que foi obrigada a forjar um encontro com Thais na Praça do Rádio Clube.
Os dois vieram para Campo Grande em uma moto Yamaha Fazer junto com a bebê de nove meses. O casal chegou na noite deste domingo, e foram para a praça. Lá, Iris ligou para Thais e disse que estava com a filha de nove meses, afilhada de Thais. Iris contou que a menina estava doente e gostaria que ela visse a criança. As duas conversavam em um banco, em um local sem iluminação, quando Kielvnn chegou por trás, pegou no cabelo de Thais e a degolou.
A jovem ainda tentou correr em direção a Afonso Pena, porém caiu já morta antes de chegar na Avenida. Após o crime, os dois, com a filha, voltaram para Ribas aonde chegaram por volta das duas horas da manhã. O casal então passou na casa de dois conhecidos, e, em uma delas, Kielvnn pegou roupa emprestada e escondeu a faca em um barraco, na frente da residência.
Posteriormente eles foram para uma chácara que fica a cinco quilômetros da zona urbana de Ribas. De acordo com a Polícia Civil, o dono da fazenda não sabia sobre o crime. A polícia chegou até o casal, após a mãe de Iris contar que Kielvnn tinha ciúmes de Thais e inclusive já havia ameaçado matar Thais e outros dois amigos da Iris.
Após conversarem com a mãe de Iris, as equipes de investigação localizaram as pessoas que deram cobertura ao casal em Ribas do Rio Pardo. Eles responderão por favorecimento pessoal.
Na chegada da polícia na fazenda, os dois correram e Kielvnn, conforme o relato policial, usou a filha de nove meses como “escudo”, com medo de ser atingido por algum tiro. Os dois foram presos e levados para a Primeira Delegacia da Capital.
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