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Polícia

Há 3 anos, ‘maníaco da fronha’ era condenado por série de estupros em Campo Grande

Em setembro de 2016, João Carlos Ribeiro da Costa, de 35 anos, foi condenado a 60 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de estupro cometidos em Campo Grande. Apelidado de ‘maníaco da fronha’ por colocar uma fronha na cabeça das vítimas durante os crimes, cometidos em 2015, ele ainda roubava as mulheres. A […]
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(Foto: Arquivo
(Foto: Arquivo

Em setembro de 2016, João Carlos Ribeiro da Costa, de 35 anos, foi condenado a 60 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de cometidos em . Apelidado de ‘maníaco da fronha’ por colocar uma fronha na cabeça das vítimas durante os crimes, cometidos em 2015, ele ainda roubava as mulheres.

A condenação foi feita pelo juiz Wilson Leite Corrêa, da 4ª Vara Criminal. João trabalhava como garçom na época em que cometeu os crimes, entre maio e setembro de 2015, e conhecia as vítimas em sites de bate-papo. Ele chegou a alegar que as vítimas eram prostitutas, mas a versão foi contestada pela polícia.

Quando autor e vítima se encontravam, ele colocava uma fronha na cabeça das mulheres, as amarava, estuprava e roubava. Ele foi apontado como autor de pelo menos cinco estupros e na Capital e a prisão foi efetuada após trabalho conjunto das então delegadas da (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Rosely Molina, Franciele Candotti e Marília de Brito Martins.

Modus operandi

Segundo as delegadas responsáveis pelo caso, João Carlos agia sempre da mesma forma. Ele conseguia os dados pessoais das vítimas através da internet, de redes sociais e de bate-papo e chegou até a conversar com vítimas pelo WhatsApp. Ele fazia uma busca minuciosa para levantar todos os dados das jovens e descobrir nome completo, endereço e, principalmente, se elas moravam sozinhas.

João cometia os estupros sempre da mesma forma e ainda roubava as vítimas. Nos cinco casos registrados, ele invadia a casa das vítimas, que moravam sozinhas. O criminoso ameaçava e amarrava as mãos das vítimas, as colocava na cama e cometia os abusos. De acordo com o relato das jovens, ele cometia o estupro, andava pela casa, revirava os móveis e voltava a cometer o abuso outras vezes. Ele ainda colocava uma fronha na cabeça das vítimas, para que elas não o vissem.

Ainda segundo a polícia, João permanecia na casa das vítimas por aproximadamente uma hora e meia e após cometer o estupro, ele fugia levando pertences e objetos pessoais como roupas e até documentos. Antes de sair da casa das vítimas, ele as trancava no banheiro, tirava a fronha da cabeça delas e fazia ameaças para que elas não gritassem ou chamassem a polícia.

Casos ocorridos em 2015

Na madrugada do dia 20 de julho, João fez uma vítima no Aero Rancho. Ele invadiu a casa de uma jovem, de 24 anos, que estava na sala da residência, assistindo televisão. João Carlos amarrou a vítima, praticou o estupro várias vezes, agrediu a jovem com tapas na cabeça, quando ela ameaçou gritar, e fugiu levando dinheiro e celular.

No dia 21 de agosto, por volta da 1 hora, o homem invadiu a casa de uma jovem, de 24 anos, no Bairro Guanandi. Da mesma forma como agiu com a primeira vítima, ele amarrou a jovem, cometeu o estupro e ainda, segundo a polícia, ele não usou preservativo. Ele ficou também aproximadamente uma hora e meia na residência e fugiu levando celular e dinheiro.

No dia 16 de setembro, João Carlos invadiu uma casa, em um condomínio no Jardim Parati, região sul da Capital. Ele entrou na residência por volta das 3 horas e abordou a vítima, de 30 anos, que dormia no quarto. De acordo com o relato da vítima, ela ainda tentou pedir socorro, mas ele a ameaçou com a faca e ordenou que ela ficasse quieta, ou mataria o filho dela que dormia no quarto ao lado.

João ainda passou a faca nas partes íntimas da vítima e colocou um cobertor na cabeça dela. Ela pediu para que ela retirasse o cobertor, porque a estava sufocando, e ela conseguiu ver o homem pelo espelho. De acordo com a mulher, João andava de cueca pela casa e estava ‘bem à vontade’. Ela conseguiu notar um momento de descuido dele, pulou a janela do quarto e pediu socorro.

Os vizinhos ouviram os gritos da vítima e o suspeito fugiu. Neste caso, não houve a conjunção carnal, mas de acordo com a polícia, ficou clara a intenção do estupro. Ele também não conseguiu roubar nenhum objeto da casa antes de fugir.

No quarto caso, o suspeito abusou de uma jovem de 21 anos no Jardim Montevidéu. A vítima saiu de casa, por volta das 2 horas, para colocar o lixo na rua, momento em que foi abordada por João, que chegou ao local na motocicleta, uma Honda vermelha. Ele a ameaçou com a faca e ordenou que ela entrasse na casa, após confirmar que a vítima estava sozinha.

Como nos outros casos, a vítima foi amarrada e violentada e o assaltante fugiu após ficar mais de uma hora na casa, revirando os pertences da vítima e abusando sexualmente dela. Ele roubou celular, aparelho DVD e roupas da jovem.

No último caso registrado pela polícia, no dia 29 de setembro, João fez uma jovem de 26 anos vítima na Vila Santa Luzia. Na ocasião, ele invadiu a casa da vítima por volta das 22 horas e ficou aproximadamente 2 horas no local. A jovem ficou com os punhos machucados, por ter sido amarrada pelo homem. Após estuprar a vítima e revirar a casa, João fugiu levando celular, alguns objetos e um anel da vítima.

Prisão

As vítimas reconheceram a voz do suspeito e souberam dar detalhes sobre ele, já que, apesar de colocar uma fronha na cabeça das vítimas, João tirava o pano e permitia que as vítimas o vissem antes de sair da casa. No dia 2 de outubro, a polícia já tinha mandado de busca e apreensão na casa de João Carlos.

Na residência do suspeito, localizada no Jardim Morenão, os policiais localizaram os objetos pessoais das vítimas, celulares, anel e documentos. Ainda de acordo com as delegadas responsáveis pelo caso, na casa de João foram encontradas anotações com informações pessoais das vítimas e de outras possíveis vítimas, com nomes e endereços.

João Carlos negou as acusações e afirmou para a polícia que as vítimas eram garotas de programa, que cobravam entre R$ 100 e R$ 150. Mas as delegadas negam a declaração e afirmaram até que uma das vítimas era virgem.

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