Há dois anos, 2ª audiência do caso Nando era realizada com ausência de testemunhas

Acusado pelo assassinato de pelo menos 16 pessoas, há exatos dois anos, no dia 21 de agosto de 2017, testemunhas eram ouvidas na segunda audiência do caso Nando – Luiz Alves Martins Filho, pelo assassinato do adolescente Lessandro Valdonado de Souza, de apenas 13 anos. Lessandro foi a sexta vítima encontrada no cemitério clandestino onde […]

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Arquivo Midiamax
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Acusado pelo assassinato de pelo menos 16 pessoas, há exatos dois anos, no dia 21 de agosto de 2017, testemunhas eram ouvidas na segunda audiência do caso Nando – Luiz Alves Martins Filho, pelo assassinato do adolescente Lessandro Valdonado de Souza, de apenas 13 anos.

Lessandro foi a sexta vítima encontrada no cemitério clandestino onde os corpos eram enterrados no Bairro Danúbio Azul. A audiência foi marcada pela quantidade de acadêmicos do curso de Direito que participaram, 300 estudantes acompanharam a audiência do caso que chocou Campo Grande e pela ausência de testemunhas que foram arroladas.

Na época, duas testemunhas de acusação faltaram, mas uma traficante, arrolada paralelamente, foi ouvida pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. A mulher teria ouvido dizer quem matou o adolescente enquanto permaneceu detida em uma das celas da 2ª Delegacia de Polícia Civil.

O juiz decidiu ouvir a traficante, presa no mesmo dia em que Talita Regina de Souza, de 21 anos, cunhada de Lessandro, porque no depoimento de outra testemunha, a acusada teria dito em uma das celas da 2ª Delegacia de Polícia Civil que o adolescente foi morto por Nando.

Presa por tráfico há 9 meses, a mulher foi ouvida apenas como testemunha, mas negou ter escutado algo relacionada ao crime. “Cheguei na Delegacia por volta da meia noite e a Talita quis me mostrar um papel, mas eu não quis ver porque já bastava meu caso. Não sei de nada, nem conheço nenhum deles”, afirmou ao juiz.

O assassinato

O crime ocorreu no dia 1° de agosto de 2016. Lessandro teria sido assassinado por Nando, Talita Regina de Souza e Jean Marlon Dias Domingues. Conforme denúncia do Ministério Público Estadual, Thalita, que era cunhada da vítima, teria pedido para Nando matar Lessandro, pois ele tinha flagrado ela traindo seu irmão.

A vítima foi levada para o bairro Jardim Veraneio e a mataram asfixiada com uma corda. Assim como os outros assassinatos cometidos pelo “grupo de extermínio”, a vítima foi enterrada de cabeça para baixo, em um cemitério clandestino, no bairro Danúbio Azul.

O julgamento

Nando e Jean Marlon foram julgados por esse crime em 2018. Jean foi absolvido do crime de homicídio do Lessandro, mas foi condenado a 1 ano, 1 mês e 10 dias de reclusão, pelo crime de ocultação de cadáver. Por ter outros processos ele não seria colocado em liberdade. Em novembro do mesmo ano, Nando foi condenado a 18 anos de prisão pelo homicídio do adolescente.

Atualmente Nando já passou por 8 julgamentos, sendo condenado em seis dele, seja por participação ou por ser o autor do homicídio. Somadas todas as penas, sua condenação já ultrapassa os 100 anos de prisão.

Seu próximo julgamento está marcado para o dia 23 de agosto, próxima sexta-feira. Ele será julgado pelo homicídio de Eduardo Dias Lima, o ‘Eduardinho’, de 15 anos, que foi assassinado em 2015 por furtar garrafas de Nando.

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