Guarda municipal preso com arsenal de milícia teria vendido as armas em Campo Grande
Marcelo Rios, o guarda municipal, preso com arsenal de milícia em maio deste ano, é réu em um novo processo pela venda de duas pistolas, sendo que uma delas teria sido negociada com um empresário da Capital. O processo está fechado e corre na 6º Vara Criminal de Campo Grande, mas informações que o Jornal […]
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Marcelo Rios, o guarda municipal, preso com arsenal de milícia em maio deste ano, é réu em um novo processo pela venda de duas pistolas, sendo que uma delas teria sido negociada com um empresário da Capital.
O processo está fechado e corre na 6º Vara Criminal de Campo Grande, mas informações que o Jornal Midiamax obteve são de que a descoberta da negociação das armas se deu logo que o arsenal foi apreendido pelo Garras (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado). As armas já foram recuperadas.
Marcelo está preso desde maio quando o arsenal foi descoberto em uma casa, no Monte Líbano. Laudos da PF (Polícia Federal) indicaram que o arsenal apreendido teria vindo de três países, México, Filipinas e Estados Unidos da América. O armamento teria sido avaliado inicialmente em R$ 200 mil.
Segundo o laudo da Polícia Federal, 100 cartuchos de munições calibre .38, de marca de fabricação Winchester teriam vindo dos Estados Unidos da América, mais 100 cartuchos de munições calibre .22 long das Filipinas e 50 cartuchos de munições .38 do México, e 31 munições calibre .380 da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos).
Ainda segundo o relatório do laudo não teria sido possível o levantamento de fragmentos de impressões digitais em condições suficientes para confronto. Também foram levados para a análise pericial um pen-drive, de cor rosa, além de 17 folhas com a logomarca da Polícia Federal e com resultados de pesquisa feitas em nome de um produtor rural. Um boné espião também foi levado para passar por perícia.
Na última quinta-feira (15), o Gaeco (Grupos de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), apresentou denúncia contra uma organização criminosa que mantém verdadeira milícia formada por membros de instituições da segurança pública em Mato Grosso do Sul e que estaria por trás de três crimes de pistolagem cometidos em Campo Grande entre 2018 e este ano.
O relatório ainda diz que os crimes foram meticulosamente planejados e executados por uma organização criminosa, mas não detalha motivações, nem quem seriam os demais integrantes, chefes ou mandantes. Os guardas municipais Rafael Antunes Vieira e Robert Vitor são apontados por tentarem persuadir e embaraçar a esposa de Marcelo Rios, responsável por guardar o armamento apreendido em uma casa no Monte Líbano, a não contar sobre a organização criminosa, pois sua cabeça estaria a prêmio.
Rafael e Robert foram presos logo após a descoberta do arsenal por obstrução da Justiça, no caso de ameaças a esposa de Marcelo, que está preso na Penitenciária Federal de Mossoró. Eles foram libertados, no dia 31 de maio e voltaram a prisão no dia 31 de julho.
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