Luiz Alves Martins Filho, líder de grupo de extermínio ligado a pela menos 15 mortes na região do Danúbio Azul, em , foi condenado nesta quarta-feira pelo seu quinto homicídio. A sentença foi de 16 anos, 10 meses e 10 dias-multa por homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de asfixia e mediante emboscada. Ao todo, são seis condenações por mortes violentas que ultrapassam os 100 anos.

Ele usou uma correia de máquina de lavar para assassinar Alex da Silva Santos, de 18 anos. O fato aconteceu no ano de 2016, na Rua dos Astronautas, no Jardim Veraneio, próximo ao bairro Danúbio Azul. O local foi alvo de várias investigações policiais, devido ao grande número de denúncias de exploração sexual e tráfico de drogas, que resultaram na localização de ossadas humanas ocultas e prática de homicídios dolosos na região.

A denúncia apresentou que Nando matou Alex movido por vingança, em razão de a vítima tê-lo furtado. Wagner Vieira Garcia e Ariane de Souza Gonçalves foram apontados como comparsas. No entanto, Wagner recorreu e será julgado em outra ocasião. Ariane, por sua vez, foi impronunciada, ou seja, deixou de responder pelo crime.

Condenações

Dos oito júris já realizados anteriormente, Nando foi condenado pelos homicídios em seis deles, apenas em um caso, sobre a morte de Ana Claudia Marques, ele foi absolvido do homicídio, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver. As penas que antes somavam 87 anos e quatro meses, chegam agora a 104 anos e 4 meses O primeiro julgamento aconteceu no dia 29 de junho de 2018, com a condenação do réu a 18 anos e 3 meses de reclusão pela morte da vítima “Café” ou “Neguinho”. O processo está em grau de recurso.

Ainda no ano passado, no dia 23 de novembro, Nando foi julgado e condenado a 18 anos e 4 meses de reclusão e 20 dias-multa pelo assassinato de Lessandro Valdonado de Souza. O processo também está em grau de recurso.

No dia 20 de fevereiro, ele recebeu nova condenação pela morte de Jenifer Luana Lopes. A pena foi fixada em 18 anos e 3 meses de reclusão. Dias antes, no dia 8, ele teve sua primeira e única absolvição até agora, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver de Ana Cláudia Marques. O crime foi atribuído a um de seus comparsas, que ainda não foi submetido a julgamento, pois recorreu. Pela ocultação do cadáver, a pena foi fixada em 2 anos de reclusão e 30 dias-multa.

No dia 10 de abril, ele teve a condenação a 16 anos e 3 meses de reclusão e 15 dias-multa pela morte de Flávio Soares Corrêa.  No dia 26, foi condenado a 14 anos e três meses de prisão pela morte de Bruno Santos Silva. Ainda devem ser agendados os julgamentos pelas mortes das vítimas Alex da Silva dos Santos; Jhenifer Lima da Silva; Aparecida Adriana da Costa; Aline Farias da Silva; “Alemão” e Eduardo Dias Lima.