Família de mulher morta com quatro tiros contesta versão de que vítima era garota de programa

A família de Eronilda Gabriel Mendonça, de 34 anos, morta na noite desta quinta-feira (25) após ser atingida por quatro tiros, contesta versão do assassino, Lucas de Jesus Batista, de 22 anos, de que a vítima era profissional do sexo. Segundo familiares, Eronilda era servidora pública concursada na cidade de Dois Irmãos do Buriti e […]

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A família de Eronilda Gabriel Mendonça, de 34 anos, morta na noite desta quinta-feira (25) após ser atingida por quatro tiros, contesta versão do assassino, Lucas de Jesus Batista, de 22 anos, de que a vítima era profissional do sexo. Segundo familiares, Eronilda era servidora pública concursada na cidade de Dois Irmãos do Buriti e  artesã, inclusive, com trabalhos expostos em diversas feiras realizadas em Mato Grosso do Sul.

“A mãe dela ficou muito triste ao ver a maneira como a filha foi tratada. A Eronilda não era garota de programa e tinha uma rotina de trabalho diária. Tirava o sustento do serviço de auxiliar de serviços gerais em uma  escola e dos trabalhos que fazia”, explica uma pessoa ligada à família.

Quando foi preso, Lucas disse à polícia que a vítima era profissional do sexo e que já havia saído com ela outras vezes. Ele contou que havia a chamado para sair e que dentro do carro, Eronilda teria tentado manter relações sexuais com ele, que se recusou.

Neste momento, segundo depoimento do suspeito, ela teria o chamado de “frouxo e viado”. Irritado, o autor atirou contra a mulher que foi socorrida e levada para a Santa Casa. O rapaz foi preso e disse que atirou contra a garota de programa depois de sentir ofendido.

Em uma página na internet voltada voltada ao público indígena, o crime é classificado como “uma grande tragédia” e Eronilda é citada como “uma mulher incansável em apresentar sua cultura”. “Ela participou de vários Festivais Culturais do Estado onde sempre levava em sua bagagem as artes e as culturas Indígenas do seu povo. Eronilda era uma mulher incansável em apresentar sua cultura. A Terra Indígena Buriti composta por 13 Aldeias perde uma grande Guerreira”, diz o texto.

*Matéria editada às 18h41 para correção de informações 

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