Uma falha de comunicação acabou na descoberta e prisão pela polícia de uma quadrilha especializada em roubos de carros, em Campo Grande. Quatro pessoas acabaram presas, entre elas uma mulher. O cabeça da quadrilha identificado como ‘Giovani’ ainda é procurado. Ele seria integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo o comandante do Batalhão de Choque Pollet, uma falha de comunicação entre Márcio Henrique Pedro, 38 anos, que estava cuidando da vítima no cativeiro e o restante da quadrilha teria entregado o bando, que acabou preso nesta segunda-feira (4). De acordo com o comandante, um integrante da quadrilha teria ligado para Márcio, apenas, para manter contato.

Mas, Márcio teria achado que a ligação seria para soltar a vítima do cativeiro. Quando ele soltou a motorista na BR-163, no Jardim Noroeste, ela procurou ajuda e ligou para o marido, que acionou a polícia e o Chevrolet Cruze, que estava sendo conduzido pelo casal Cezar Lima dos Santos, 25 anos e Kemylly Monik Amancio, 21 anos, acabou interceptado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). A vítima foi mantida em cárcere privado por 10 horas.

Após a ligação do marido da vítima para a polícia e a prisão do casal, acabaram presos ainda no Jardim Noroeste Waldemir dos Santos, 21 anos e Márcio Henrique Pedro, 38 anos. Eles confessaram que tiveram participação no roubo do Cruze. Na casa em que os dois estavam foram localizados documentos pessoais de Kemylly, presa em Corumbá, também quatro munições intactas de calibre .40, de uso restrito das policias militares, que Waldemir disse ser de sua propriedade.

A quadrilha também é responsável pelo roubo de uma camionete S-10, em que manteve o motorista em cárcere privado. Após roubar a camionete, os autores não conseguiram levá-la para a Bolívia já que sofreram um acidente na travessia do veículo. Um outro carro HB20, que também teria sido roubado pela quadrilha foi recuperado.

Sequestro e roubos de carro

Waldemir e Márcio afirmaram que cada um ficou com uma função na quadrilha, sendo que Waldemir deu suporte logístico ao grupo, abrigo, alimentação e combustível aos veículos. Márcio ficou responsável pelo cárcere da motorista do Cruze, junto com outro autor, identificado como Jeferson de Souza Batista, 25 anos, que foi preso no local de trabalho.

Outro suspeito, indicado pelos presos como líder do grupo, ainda não foi localizado pela polícia. Este seria integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), responsável por delegar atribuições, organizar os roubos e guardar as armas.

Este rapaz seria o ‘Sintonia’, que interliga os comparsas em liberdade com os comparsas que encomendam os crimes de dentro do sistema prisional. Esse trabalho é feito junto com um rapaz conhecido como ‘Giovani’. Os presos pelo Choque afirmaram que com esses faccionados, mantinham contato apenas por telefone.