Ex-dono de imóvel onde arsenal de milícia foi achado depõe no Garras

Presta depoimento na manhã desta sexta-feira (25), no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), em Campo Grande, o ex-dono do imóvel localizado no bairro Monte Líbano, onde foram encontrados o arsenal da milícia que seria chefiada pelo empresário Jamil Name e seu filho, na Capital. Segundo o delegado Fábio […]

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Presta depoimento na manhã desta sexta-feira (25), no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), em Campo Grande, o ex-dono do imóvel localizado no bairro Monte Líbano, onde foram encontrados o arsenal da milícia que seria chefiada pelo empresário Jamil Name e seu filho, na Capital.

Segundo o delegado Fábio Peró, o homem era procurado para prestar esclarecimentos de como se deu o contrato da venda da residência, se foi entregue aos Name sob ameaça ou se de contrato e locação normal.

O contrato de gaveta foi registrado no Cartório do 5° Ofício de Campo Grande e aponta que a casa teria sido entregue como ressarcimento após Jamil desistir da negociação de um terreno na Vila Santo André, em fevereiro de 2015. O casal não teria como devolver o dinheiro envolvido na transação, e por isso teriam passado o imóvel para os Name.

O documento teria sido decisivo para implicar pai e filho na investigação de milícia armada e crimes de pistolagem investigados na Omertà. O contrato do imóvel, avaliado em R$ 850 mil, foi assinado em 16 de maio de 2017, por Jamil Name e Jamil Name Filho.

Em maio deste ano, policiais do Garras encontraram no imóvel um arsenal avaliado em mais de R$ 200 mil. Foram encontrados dois fuzis AK-47 calibre .76; espingarda calibre .12 e calibre .22, quatro fuzis calibre 556, além de munições de diversos calibres, além de papel, 17 folhas com logomarca da Polícia Federal e equipamentos diversos.

Na época, o guarda municipal Marcelo Rios foi preso. Era o início da investigação que levou à deflagração da Operação Omertà pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros).

A defesa de Jamil Name alegou na época que a casa pertenceria a Jamil Name Filho, mas que Marcelo Rios ocupava o local para cuidar. Também negou qualquer envolvimento do empresário com o arsenal ilegal flagrado.

Jamil continua detido no Presídio Federal de Campo Grande, onde aguarda transferência para o Presídio Federal de Mossoró, já autorizado pelo juiz e que deve ocorrer nos próximos dias.

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