Testemunhas de acusação são ouvidas sobre sobrinho que matou agiota
Nesta segunda-feira (28) quatro testemunhas de acusação foram ouvidas sobre o assassinato do agiota Oswaldo Foglia Júnior, 43 anos. Ele foi morto a tiros no dia 16 de julho deste ano, no Jardim São Lourenço, em Campo Grande. O acusado pelo crime é o sobrinho dele, Miguel Arcanjo Camilo Junior, e o motivo seria um […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Nesta segunda-feira (28) quatro testemunhas de acusação foram ouvidas sobre o assassinato do agiota Oswaldo Foglia Júnior, 43 anos. Ele foi morto a tiros no dia 16 de julho deste ano, no Jardim São Lourenço, em Campo Grande. O acusado pelo crime é o sobrinho dele, Miguel Arcanjo Camilo Junior, e o motivo seria um desentendimento por uma cobrança.
A 1ª audiência de instrução e julgamento aconteceu no início desta tarde, na 2ª Vara do Tribunal do Júri e foi presidida pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos. Entre as testemunhas de acusação estão familiares, como a esposa de Oswaldo.
Duas testemunhas faltaram e como a acusação não abre mão delas, uma nova audiência foi marcada para o dia 16 de dezembro, quando também serão ouvidas oito testemunhas arroladas pela defesa de Miguel Arcanjo. Caso nenhuma testemunha falte, neste mesmo dia será realizado o interrogatório do réu, que está preso.
O assassinato
O assassinato ocorreu no dia 16 de julho no Jardim São Lourenço, em Campo Grande. No momento do assassinato, Oswaldo foi até a conveniência e teria dito ao sobrinho que estava com um facão no carro e que iria matá-lo. Momento em que, armado com uma pistola, o autor atirou contra o agiota que morreu no local. Em seguida, o sobrinho fugiu em um Camaro amarelo que foi encontrado abandonado na manhã seguinte, no bairro Cristo Redentor.
Fuga
O sogro e o cunhado de Miguel Arcanjo foram indiciados pelo crime de favorecimento pessoal, por ajudarem o rapaz fugir após matar o agiota Oswaldo Foglia. As investigações apontaram vestígios dos dois dentro do Camaro. Eles se encontraram e forneceram uma Pajero para que Miguel continuasse a fuga. Depois, cunhado e sogro abandonaram o Camaro em uma residência do bairro Cristo Redentor.
Miguel foi preso no dia 22 de julho e depois de ouvido pela polícia, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e por recurso que dificultou defesa da vítima.
Motivação
Oswaldo foi morto depois de exigir honorários de uma cobrança que fez, mas que não recebeu. O suspeito, Miguel é um empresário do ramo de frios e tem duas lojas na cidade. Um dos fornecedores de Miguel sabia que o tio dele, Oswaldo, estava envolvido com agiotagem e decidiu contratá-lo para fazer uma cobrança. Oswaldo seria o responsável por fazer a cobrança para este fornecedor.
“Essa cobrança extrapolou o que foi combinado, não chegou a haver pagamento [por parte] do credor, e o contratado [Oswaldo] foi afastado. Romperam este contrato de cobrança. No entanto, a vítima [Oswaldo] acabou se insurgindo porque alegava que tinha direito de receber pelo serviço prestado, e o Miguel tentou intermediar esse pagamento, assumindo uma espécie calção”, explicou o delegado Thiago.
Oswaldo imaginava que os demais haviam recebido e o deixado sem nenhuma compensação, motivo pelo qual passou a pressionar o sobrinho. Miguel teria entregado alguns cheques ao tio como forma de garantia, mas tais cheques não foram pagos. “Houve um imbróglio financeiro entre as partes e a vítima se voltou contra essas partes na cobrança. Então, esse impasse financeiro foi o que motivou a ação do autor [Miguel]. Ele foi cobrado e acabou se sentindo pressionado e matou o tio”, pontuou.
Notícias mais lidas agora
- Vítima da ‘golpista do bocão’ em MS gasta mais de R$ 20 mil para retirar PMMA da boca
- Noite atípica: 4 policiais tiveram que atender mais de 30 flagrantes de violência doméstica na Deam
- Ex que matou mulher e atual namorado já foi preso por tentar matar homem esfaqueado durante pescaria
- Mesmo com regras, caminhões arrastando fios de energia expõem falhas na fiscalização
Últimas Notícias
PMA aplica R$ 7,8 mil em multas e apreende 188 kg de peixes ilegais na 1ª semana da Piracema
Piracema segue até o dia 28 de fevereiro de 2025 com a proibição de todo tipo de pesca em MS
Val Marchiori denuncia ex-marido na polícia por colocar rastreador em seu carro
Além de rastreador, socialite teria encontrado dois gravadores de áudio escondidos em seu televisor
Sete testemunhas são ouvidas em audiência de ação que investiga Razuk por envolvimento no jogo do bicho
Mais testemunhas devem ser ouvidas em janeiro de 2025
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.