Durante a Operação Ormetà nesta sexta-feira (27), a polícia apreendeu R$ 150 mil em posse do empresário Jamil Name, preso nesta manhã. Além do empresário, o filho Jamil Name Filho, quatro guardas municipais, três policiais civis e um policial federal foram presos por envolvimento em uma organização criminosa que estaria ligada a execuções em .

A defesa do empresário Jamil Name, afirmou que terá acesso ao processo até o final da tarde. Para a reportagem do Jornal Midiamax, um dos advogados que defende o empresário informou que o pedido foi feito nesta manhã. “Esperamos ter acesso ao processo até o fim da tarde de hoje”, destacou Renê Siufi.

A ação desenvolvida nesta sexta, contou com 17 equipes do (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e da Polícia Militar. Foram cumpridos 44 mandados na Capital, sendo 13 de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão.

Nesta manhã, o médico João Jazbisk Neto foi até o residencial de Jamil Name depois do empresário passar mal com a decretação de sua prisão. Segundo o médico, Jamil Name é hipertenso, cardíaco e diabético. A defesa informou que o empresário estaria surpreso com a situação, no entanto, tranquilo.

Milícia e execuções

Informações são de que o empresário Jamil Name e seu filho Jamil Name Filho seriam suspeitos de envolvimento com uma organização criminosa, uma que estaria envolvida em execuções recentes na Capital.

Matheus Coutinho Xavier foi assassinado em frente à sua casa com 7 tiros de fuzil na cabeça, e na época de sua execução, no dia 9 de abril, foi levantado que a arma usada no crime poderia ter ligação com o armamento usado na execução de Ilson Figueiredo, que foi assassinado em junho de 2018.

O carro em que Ilson estava foi surpreendido, na avenida Guaicurus e alvejado por diversos tiros de arma de grosso calibre, entre elas, um fuzil. Aproximadamente 18 cápsulas foram recolhidas pela perícia no local. Depois de ser atingido, o veículo que ele dirigia bateu contra o muro de uma casa.

Os pistoleiros que executaram o chefe da segurança da Assembleia Legislativa usaram uma metralhadora e um fuzil AK-47 no crime. Encapuzados, vestindo preto e com coletes à prova de balas, os pistoleiros começaram a atirar contra o carro do policial aposentado uma quadra antes do local onde o carro parou. Nas imediações na Rua Piracanjuba, na região, o carro usado na execução de Ilson, um Fiat Toro, foi encontrado incendiado.

Também foi executado com armamento do mesmo calibre, Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, conhecido como ‘Orlando Bomba' executado com tiros de fuzil na cabeça, tórax, e braços em frente a uma barbearia.

Dois homens chegaram em uma Dodge Journey, desceram e executaram ele, que saía do local e ia em direção à sua camionete Hillux. Um outro homem em uma moto deu apoio para a execução. A polícia encontrou no local com a vítima três celulares intactos que estavam com ele, além de cheques e quantia em dinheiro. O crime aconteceu no dia 26 de novembro de 2018.

Armamento pesado

Um armamento avaliado em pelo menos R$ 200 mil foi apreendido em maio deste ano, em uma casa no bairro Monte Líbano. O armamento que foi apreendido foi enviado a Polícia Federal de Brasília para passar por perícia. Os laudos da PF indicaram que o arsenal apreendido teria vindo de três países, México, Filipinas e Estados Unidos da América.