Caso de delegado de MS que matou boliviano em ambulância terá primeira audiência

Acontece na próxima sexta-feira (20), a primeira audiência do caso do assassinato do boliviano Alfredo Rangel Weber, morto no dia 23 de fevereiro deste ano, e o acusado pelo crime o delegado Fernando Araújo da Cruz, que era titular da da Deaji (Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e do Idoso), de Corumbá – a […]

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Acontece na próxima sexta-feira (20), a primeira audiência do caso do assassinato do boliviano Alfredo Rangel Weber, morto no dia 23 de fevereiro deste ano, e o acusado pelo crime o delegado Fernando Araújo da Cruz, que era titular da da Deaji (Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e do Idoso), de Corumbá – a 444 quilômetros de Campo Grande.

A audiência deve ter a participação de Fernando, que será ouvido por videoconferência em Campo Grande. O delegado está preso desde março deste ano. As oitivas de algumas testemunhas também serão realizadas por videoconferência. A Justiça ainda determinou envio de carta rogatória para a Bolívia, solicitando o depoimento das testemunhas.

Fernando foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por emboscada e impossibilidade de defesa da vítima. Ele está preso desde o dia 29 de março, quando equipes do Garras foram até Corumbá depois da descoberta de que o delegado seria o autor do assassinato de Ganso, que foi esfaqueado em uma festa do lado boliviano, e depois socorrido sendo levado de ambulância para o lado brasileiro.

O delegado interceptou a ambulância e matou a tiros Alfredo antes de chegar ao hospital. Mas, Fernando achando que não havia testemunhas do crime foi pego de surpresa quando foi informado pelo investigador da Polícia Civil, Emmanuel Contis, de que a irmã de Ganso estava na ambulância e viu o assassinato.

Em meio a toda a trama do assassinato, testemunhas foram coagidas sendo uma delas o motorista da ambulância, que teve como advogada a mulher de Fernando, Silvia. Mas, o que o casal não esperava era que policiais bolivianos e até um promotor usassem de chantagem para extorquir os dois, com pedido de R$ 100 mil para que não implicassem o delegado ao assassinato.

Na tentativa de encobrir os rastros do crime até execuções dos policiais e delegados que estavam investigando o caso foi arquitetada por Fernando e Emmanuel, que informava ao delegado todos os passos das investigações. O delegado ainda estaria ligado ao tráfico de drogas, já que ele e a mulher estariam em contato com Fernando Limpias, que já havia trabalhado para Adair José Belo conhecido como ‘Belo’ e para Sérgio de Arruda Quintiliano, o Minotauro, que foi preso em Santa Catarina, no dia 4 de abril.

Fernando Limpias estaria comprando fazendas, com pista de pouso, na Bolívia para o transporte de drogas e estava à procura de ‘parcerias’. Silvia, então, teria oferecido a ‘parceira’ através da logística de reabastecimento dos aviões. Nas conversas com o traficante é perceptível o domínio do assunto tanto pelo delegado como por sua mulher. A defesa do delegado negou as acusações sobre envolvimento com o tráfico de drogas.

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