A defesa pediu à justiça pela segunda vez que o empresário Jamil Name, preso durante a Operação Omertà por suspeita de ligação com milícia em Campo Grande, seja autorizado a receber atendimento médico particular no Centro de Triagem Anízio Lima, no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, onde encontra-se recolhido.

Na semana passada, o juiz Mário José Esbalqueiro Júnior havia negado o mesmo pedido, considerando que existe atendimento de saúde oferecido pelo sistema penitenciário e que deveria ser comprovada a necessidade da entrada do médico. 

Neste segundo pedido, o advogado Renê Siufi afirmou que além de ser cirurgião cardiovascular, o médico solicitado exerce cardiologia clínica. Além disso, Name tem mais de 80 anos e precisa de cuidados permanentes para tratar problemas como diabetes, insuficiência vascular periférica, arritmias cardíacas e crise hipertensiva. 

O MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) pediu explicações quanto à razão pela qual o empresário recusou atendimento fornecido pela unidade penal e pediu documentação comprobatória que demonstra a necessidade de permitir a entrada do médico. O juiz, por sua vez, intimou a defesa para esclarecimentos, para que o pedido seja reavaliado.