Considerado perigoso, policial aposentado que apontou arma para defensor é condenado
O policial civil aposentado Adamilton Balbuena foi condenado depois de apontar uma arma contra defensor dentro da Defensoria Pública do município de Bela Vista, na fronteira com o Paraguai, a 324 quilômetros de Campo Grande. Em sua decisão, publicada na segunda-feira (30), a juíza Melyna Machado Mescouto Fialho desclassificou o crime de homicídio qualificado na […]
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O policial civil aposentado Adamilton Balbuena foi condenado depois de apontar uma arma contra defensor dentro da Defensoria Pública do município de Bela Vista, na fronteira com o Paraguai, a 324 quilômetros de Campo Grande. Em sua decisão, publicada na segunda-feira (30), a juíza Melyna Machado Mescouto Fialho desclassificou o crime de homicídio qualificado na forma tentada para resistência qualificada.
A sentença foi de quatro anos e seis meses de reclusão pela resistência e um ano e dois meses pelo desacato de funcionário público. A magistrada o condenou ao pagamento das custas processuais e manteve a prisão preventiva, apesar de afastada a imputação de crime doloso contra a vida, a fim de garantir a ordem pública. O réu é considerado de alta periculosidade e oferece risco pelo histórico de descontrole emocional. Na terça-feira (01), a defesa recorreu da sentença.
Conforme denúncia, no dia 26 de março deste ano, na sede da Defensoria Pública em Bela Vista, Adamilton apontou um revólver calibre 38 contra o defensor e só não o matou por circunstâncias alheias à sua vontade. O policial aposentado estava participando de acordo com relação ao pagamento da pensão alimentícia do filho. Na ocasião, estavam a mãe da criança e outros familiares.
Enquanto o defensor passava orientações a Adamilton sobre as obrigações paternais, com o objetivo de que o réu ajudasse mais o filho, o qual é deficiente e precisava de realizar exames de alto custo, teve início as ameaças. O policial sacou um revólver 38 e apontou na direção do defensor dizendo: “Eu vou te matar aqui agora, seu ‘porcaria’, seu Defensor Público de merda. Já que eu vou ser preso mesmo, vou ser preso por ter matado”.
Testemunhas pediram calma a Adamilton, mas este ignorou e seguiu mirando para a cabeça da vítima com o revólver engatilhado. A servidora que estava na sala ao lado percebeu os fatos e pediu insistentemente que o denunciado abaixasse a arma, mas este novamente se recusou, fazendo com que ela saísse às pressas para solicitar ajuda ao policial militar que faz a segurança do Fórum, onde a Defensoria está localizada.
O PM chegou ao local armado e ordenou que o denunciado abaixasse a arma. Na ocasião, o policial militar conseguiu se posicionar entre autor e vítima, possibilitando a saída do defensor e das demais pessoas que ali estavam. De acordo com a investigação, Adamilton desobedeceu a ordem proferida pelo PM, ao continuar com a arma em posição de disparo. Ele engatilhou sua arma mais uma vez e exigiu que o PM saísse de sua frente, para, assim, poder matar o defensor. Em seguida, ambos acabaram baixando as armas e o policial foi preso.
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