Condenado a 50 anos por matar promotor em Pernambuco chega de helicóptero na Capital
José Maria Pedro Rosendo Barbosa, condenado a 50 anos pela morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, chegou no helicóptero da Polícia Militar na tarde desta segunda-feira (29) em Campo Grande. José foi preso em Corumbá, cidade distante 444 km da Capital, onde estava escondido após fugir da prisão em Pernambuco. De acordo com […]
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José Maria Pedro Rosendo Barbosa, condenado a 50 anos pela morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, chegou no helicóptero da Polícia Militar na tarde desta segunda-feira (29) em Campo Grande. José foi preso em Corumbá, cidade distante 444 km da Capital, onde estava escondido após fugir da prisão em Pernambuco.
De acordo com as informações da Polícia Civil de MS, José Maria ficará na sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) em Campo Grande, de onde sairá, sob forte esquema de segurança, para o estado de Pernambuco. A data para a transferência deverá ser definida pelo Governo do Estado de Pernambuco e ainda não foi definida.
José foi preso na manhã desta segunda-feira, em Corumbá, durante uma operação conjunta entre o Departamento de Inteligência Policial e Delegacia Regional de Corumbá, Superintendência de Inteligência da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) em MS, Departamento de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).
Ele pretendia chegar até a Bolívia, conforme apurado pela polícia. José teria chegado recentemente em MS e na cidade onde estava escondido contava com o apoio de uma mulher de 54 anos, que arrumou esconderijos para o homicida. Ela foi autuada por favorecimento pessoal, sendo liberada em seguida, já que não há previsão legal de prisão em flagrante para esse crime.
O crime
O assassinato ocorreu em Pernambuco e teria sido motivado por uma disputa de terras. O promotor Thiago Faria foi morto em 14 de outubro de 2013, na PE-300, em Itaíba, no Agreste Pernambucano. Ele atuou no processo envolvendo uma disputa de terras da Fazenda Nova, onde Zé Maria morava e que acabou sendo desapropriada em favor de Mysheva, que arrematou 25 hectares da propriedade em um leilão da Justiça Federal, o que teria motivado o crime.
Durante as investigações, ficou comprovado que Zé Maria foi o mandante do crime e José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo dos Santos e José Marisvaldo da Silva, os executores. Além da morte do promotor, Zé Maria também foi condenado pelas tentativas de homicídio contra a noiva de Thiago, Mysheva Martins, e o tio dela, Adautivo Martins. Marisvaldo foi sentenciado a 40 anos e oito meses de reclusão pelo assassinato, enquanto José Maria foi condenado a 19 anos.
O procurador-geral de Justiça Francisco Dirceu Barros, destacou que o pedido para um Presídio Federal se justifica em razão do grau de periculosidade do autor. Investigação aponta que ele participa de uma organização criminosa transnacional. Zé maria foi condenado a 50 anos de prisão em 2016, pela 36ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco.
Fuga em Pernambuco
José estava foragido desde o mês de fevereiro deste ano, quando ele e outros seis presos fugiram da penitenciária de Itamaracá, na Grande Recife. A fuga foi auxiliada por pelo menos 20 outros criminosos. Na ação de resgate houve troca de tiros entre bandidos e agentes que faziam a segurança da unidade, quando o sargento da Polícia Militar pernambucana, Rinaldo Campelo, de 49 anos, que estava na guarita foi morto com um tiro na cabeça.
Após a fuga, ele se escondeu em vários estados e em março chegou a ser localizado em São Paulo. A polícia fez um cerco, mas Zé Maria que contava com cobertura de pelo menos mais três familiares, conseguiu escapar entrando em uma mata.
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