Comerciante que matou tio agiota a tiros é interrogado nesta tarde
O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, ouve na tarde desta segunda-feira (16) nove testemunhas sobre o homicídio de Oswaldo Foglia, cometido no dia 16 de julho, por Miguel Arcanjo Camilo Júnior, sobrinho da vítima. Nesta ocasião, prestam depoimento duas testemunhas de acusação e sete de […]
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O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, ouve na tarde desta segunda-feira (16) nove testemunhas sobre o homicídio de Oswaldo Foglia, cometido no dia 16 de julho, por Miguel Arcanjo Camilo Júnior, sobrinho da vítima. Nesta ocasião, prestam depoimento duas testemunhas de acusação e sete de defesa.
Entre as pessoas que vão fazer a defesa, duas delas serão ouvidas por meio de videoconferência a partir da Comarca de Paranaíba. Uma testemunha de acusação será ouvida de Cassilândia. Neste procedimento, também será feito o interrogatório do réu, que encontra-se preso após ser capturado saindo de um churrasco no dia 22 de julho.
O assassinato ocorreu em frente ao estabelecimento de Miguel, no Jardim São Lourenço. O autor teria sido ameaçado várias vezes pelo seu tio Oswaldo, agiota, por conta de uma dívida que estaria avaliada em R$ 150 mil. Na data dos fatos, a vítima teria ido cobrar uma das três parcelas no valor de R$ 50 mil.
No momento do assassinato, Oswaldo teria ido até a conveniência e dito ao sobrinho que estava com um facão no carro e que iria matá-lo. Momento em que armado com uma pistola o autor atirou por três vezes contra o agiota que morreu no local. Em seguida, o sobrinho fugiu em um Camaro amarelo que foi encontrado abandonado na manhã seguinte, no bairro Cristo Redentor.
Detalhes
O delegado Thiago Macedo, responsável pelo inquérito junto à 4ª Delegacia de Polícia Civil, detalhou durante as investigações que Oswaldo teria prestado serviço de agiotagem a um político do interior do estado, no valor de R$ 150 mil. Miguel seria responsável por intermediar o contato entre tio e o político que, por sua vez, teria desfeito o acordo depois de Oswaldo ter agido de forma violenta.
No entanto, Miguel não teria contado ao tio sobre o desacordo e acabou passando cheques para a vítima na tentativa de quitar a dívida de R$ 150 mil. Mas, próximo dos cheques serem descontados Oswaldo teria ido até a conveniência, no Jardim São Lourenço, exigindo o dinheiro. Armado, Miguel efetuou nove disparos contra o tio, sendo que três o acertaram, matando-o.
Segundo o delegado Oswaldo havia colocado no nome do sobrinho vários imóveis que havia comprado, usando Miguel como ‘laranja’. Ainda segundo o delegado a tese de legítima defesa não configura, já que a vítima não estava armada no momento dos disparos feitos por Miguel.
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