Polícia indicia dois amigos que ajudaram com fuga após homem matar tio
A Polícia Civil indiciou dois homens que teriam ajudado na fuga de Miguel Arcanjo Camilo Junior, acusado de matar a tiros o tio, Oswaldo Foglia no último dia 15 de julho, no Jardim São Lourenço, em Campo Grande. O homem foi atingido por nove tiros, no tórax e cabeça, e morreu no local. Na tarde […]
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A Polícia Civil indiciou dois homens que teriam ajudado na fuga de Miguel Arcanjo Camilo Junior, acusado de matar a tiros o tio, Oswaldo Foglia no último dia 15 de julho, no Jardim São Lourenço, em Campo Grande. O homem foi atingido por nove tiros, no tórax e cabeça, e morreu no local. Na tarde desta quarta-feira (24) um político envolvido no caso, prestou depoimento na 4ª Delegacia de Polícia Civil da Capital.
Conforme as informações do delegado Tiago Macedo, os dois homens teriam contribuído na fuga de Miguel – que já foi indiciado pelo homicídio. “Eles deram o Camaro, combinaram um local, onde ele trocou de carro e continuou a fuga”, destacou o delegado. Depois, a dupla teria deixado o Camaro em uma casa. Os dois serão indiciados por favorecimento pessoal.
Um político – que não teve identificação revelada pela polícia – esteve na delegacia, onde prestou esclarecimentos. Conforme revelado, ele confirmou sobre uma dívida de R$ 350 mil, que Oswaldo teria sido contratado para fazer a cobrança. No entanto, como teria feito ameaças ao devedor – o político resolveu por contratar uma assessoria profissional para fazer a cobrança.
Considerada uma testemunha fundamental, o parlamentar – que seria dono de um laticínio no interior do estado – contou que fazia fornecimento para Miguel. Um empresário estaria devendo R$ 350 mil para ele e, sabendo que o tio de Miguel fazia cobrança, teria pedido para que Oswaldo fizesse o serviço. A dívida teria sido contraída no ano passado, quando o empresário morava em Paranaíba.
Já contratado, Oswaldo teve que ir até uma cidade no interior de São Paulo para fazer a cobrança. “Mas ele [político] ficou sabendo que o Oswaldo teria feito ameaças e pressionou até a família do devedor, então não quis mais os serviços”, revelou o delegado. Após contratar a assessoria profissional, um terço da dívida foi paga, mas o dinheiro não foi repassado ao político – que chegou a registrar boletim de ocorrência de estelionato.
Oswaldo procurou novamente o devedor, que teria afirmado a ele que a dívida foi paga e que estava tudo resolvido. Se sentindo enganado, ele passou a ameaçar o político e pressionar o sobrinho Miguel – que chegou a passar três cheques de R$ 50 mil – como uma forma de tentar ‘acalmar’ o tio e ganhar tempo, conforme o depoimento.
No entanto, Oswaldo não aceitava e teria feito duas cobranças ao sobrinho. Na terceira cobrança, teria ocorrido o assassinato.
No dia 15 de julho, data do assassinato, Oswaldo teria ido até a conveniência e teria dito ao sobrinho que estava com um facão no carro e que iria matá-lo. Momento em que, armado com uma pistola, o autor atirou por três vezes contra o agiota que morreu no local. Em seguida, o sobrinho fugiu em um Camaro amarelo que foi encontrado abandonado na manhã seguinte, no bairro Cristo Redentor.
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