Com júri adiado, cafetina diz que dívida causou morte de ex-servidor da Sefaz em motel
O júri popular da cafetina, Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, 28 anos, acusada de matar o ex-superintendente da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Daniel Nantes Abuchain, que estava marcado para o dia 9 de agosto foi adiado depois da defesa pedir pela sua impronúncia. Segundo a defesa de Fernanda não há indícios suficientes que […]
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O júri popular da cafetina, Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, 28 anos, acusada de matar o ex-superintendente da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Daniel Nantes Abuchain, que estava marcado para o dia 9 de agosto foi adiado depois da defesa pedir pela sua impronúncia.
Segundo a defesa de Fernanda não há indícios suficientes que comprovem que ela teria assassinado Daniel, já que existe a possibilidade de que uma terceira pessoa estaria no quarto do motel no dia do crime, 18 de novembro de 2018.
Segundo o despacho da advogada da cafetina, Daniel passava por problemas financeiros e está terceira pessoa seria a responsável pelo assassinato. Ainda segundo a defesa, Fernanda estaria sendo coagida pelo real autor do crime.
Fernanda foi presa no dia 20 de novembro. Ao ser interrogada em juízo, ela negou as acusações, imputando o crime a uma terceira pessoa que teria obrigado ela atrair a vítima para o motel.
Para a acusação, Fernanda agiu por motivo torpe, para se vingar da vítima que teria assediado a convivente dela e também porque Daniel teria assediado outras ex-namoradas da cafetina. Ainda conforme a acusação, ela usou de dissimulação, pois teria convidado a vítima para fazer sexo e, de posse de uma faca escondida, desferiu os golpes.
Relembre o caso
O crime aconteceu em Campo Grande, no dia 18 de novembro de 2018. Conforme relatos de funcionários do motel, localizado no bairro Noroeste, em Campo Grande, Fernanda chegou ao local conduzindo o veículo Pajero, acompanhada por Daniel, no banco do passageiro. “Ela estava nervosa e ele parecia estar tranquilo”, informaram.
A mulher seguiu para o quarto, mas demorou menos de 30 minutos para pedir a conta. Ao ver que Fernanda saiu, a recepcionista afirmou que ligou para a camareira e questionou se estava tudo bem, já que não viu Daniel no banco do passageiro. A camareira relatou que o quarto estava cheirando sangue e que Fernanda pagou com três notas de R$ 50 com algumas manchas de sangue.
O corpo de Daniel foi localizado em meio a um matagal próximo a Uniderp Agrárias, enrolado em uma toalha, com a pele muito branca e pés enrugados. O carro foi localizado em Bonito e Fernanda foi presa no dia 20 de novembro após ser expedido mandado de prisão contra ela.
A Polícia Civil trabalhou com apoio de imagens de câmeras de segurança, em momentos que mostram Fernanda na casa de Daniel e depois os dois saindo na Pajero, sentido ao motel, onde aconteceu o crime. Também foram localizadas mensagens trocadas por eles via WhatsApp.
A polícia afirma que Fernanda entra em contradição muitas vezes em relação ao crime. Primeiro, afirmando que matou ele sozinha no carro por ser assediada por Daniel várias vezes. Depois, a mulher diz que estava sendo ameaçada por um homem e foi forçada a cometer o crime. Na época dos fatos, a polícia informou que Fernanda não teria força suficiente para matar Daniel, que pesava 80 quilos e carregá-lo até o porta-malas, cogitando a possibilidade de um comparsa.
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