Com base em laudo, defesa de assassina recorre contra ocultação de cadáver

A defesa de Pâmela Ortiz, presa por matar a idosa Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos, no dia 23 de fevereiro, em Campo Grande, recorreu da acusação de ocultação de cadáver, sob justificativa de que o corpo da vítima ficou em local visível, “de fácil acesso”. Conforme o laudo pericial do local de crime, […]

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Imagem usada pela perícia no recurso. Foto: Reprodução
Imagem usada pela perícia no recurso. Foto: Reprodução

A defesa de Pâmela Ortiz, presa por matar a idosa Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos, no dia 23 de fevereiro, em Campo Grande, recorreu da acusação de ocultação de cadáver, sob justificativa de que o corpo da vítima ficou em local visível, “de fácil acesso”.

Conforme o laudo pericial do local de crime, Dirce estava a pouco mais de 8 metros de uma rua asfaltada. “A perícia demonstra o local onde foi encontrado o corpo, o qual é lugar de fácil visão, aberto, sem obstáculos que pudessem sugerir que ocorrera a ocultação de cadáver. Como pode ser observado o local é de fácil acesso bem como de visão, o que descaracteriza que a Ré tenha ocultado o cadáver”, alega a defesa.

Por este motivo, a acusada sustenta que, “considerando o campo de visão do local onde o corpo foi encontrado, resta claro que ela não teve a intenção de ocultar o cadáver da vítima”. No entanto, outros laudos desmentem versões apresentadas por Pâmela.

O exame de necropsia, por exemplo, aponta que a vítima teve a cabeça esmagada, contrariando a versão de que a investigada foi vítima de uma emboscada.

Durante audiência pública realizada no dia 6 de maio, a mulher relatou que havia sido alvo de um assalto. “Ela falou que estava com a senhora dentro do carro e foram abordadas por um motociclista, que anunciou um assalto. Ela falou que a dona Dirce acabou colaborando com esse motociclista, ela deu a entender que tinha sido vítima de uma emboscada, e que a idosa levou ela. Como a Pâmela mentia muito, então não queria me envolver, falava para ela ligar para o pai que é PM aposentado”, informou na ocasião, um policial civil que namorou a suspeita.

O caso

Pâmela foi presa no dia 25 de fevereiro, acusada do assassinato da idosa. Dirce foi morta com pancadas na cabeça, que foi batida contra um meio-fio. O rosto da vítima ficou desfigurado. A idosa desapareceu depois de entrar no carro Renault Sandero de Pâmela. As duas teriam se conhecido em novembro de 2018. A suspeita inicialmente confessou o crime e disse que houve uma discussão dentro do veículo entre ela e a idosa, e que Dirce havia pulado do carro em movimento, mas o que a polícia descarta.

Segundo informações da polícia, a vítima teria se queixado com vizinhas que desde que conheceu Pâmela compras que não era dela estavam sendo feitas em seu cartão de crédito. O corpo de Dirce foi encontrado atrás de uma fábrica de peças íntimas, em Indubrasil. Ele estava jogado em um amontoado de lixo. No entanto, a suposta autora mudou sua versão.

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