Um veículo Chevrolet Onix, cor branca, encontrado incendiado na manhã desta quarta-feira (10) pode ter ligação com o assassinato de Matheus Xavier, 20 anos, filho de um policial militar, ferido por vários tiros na noite desta terça-feira (9). O veículo já foi encaminhado para perícia.
De acordo com as informações, o Onix placa FLU 2064 de Suzano (SP) estava totalmente carbonizado. O carro foi encontrado por volta das 10h, na saída para São Paulo, região do bairro Moreninhas, em Campo Grande. Equipes da 4ª Delegacia de Polícia Civil, DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) e Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), estiveram no local.
De acordo com as informações do delegado Jarley Inácio de Souza, da 4ª DP, não é descartada a hipótese do envolvimento no assassinato, mas as investigações ficam a cargo da Homicídios. “Fizemos a perícia no local junto com as equipes das outras unidades e o carro foi encaminhado pelos investigadores da Delegacia de Homicídios para perícia detalhada”, informou o delegado.
Matheus Xavier é filho de um policial militar e foi atingido por seis tiros de fuzil, na noite desta terça-feira (9), na frente de casa no bairro Miguel Couto. O crime pode estar ligado a recentes execuções em Campo Grande. Segundo o delegado Fábio Peró do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), a arma usada na execução era um fuzil AK762 e seria do mesmo calibre usado na execução de Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, conhecido como ‘Orlando Bomba e do 1º sargento Ilson Martins Figueiredo, que foi executado a tiros de fuzil e metralhadora, na avenida Guaicurus, em junho de 2018.
A força-tarefa montada para tentar solucionar os casos de ‘Bomba' e Figueiredo também para investigar a execução de Matheus e tentar encontrar os pistoleiros para tentar determinar se Matheus teria sido assassinado no lugar do pai por engano. Sete cápsulas de fuzil foram encontradas no local do crime. A força-tarefa ainda deve voltar ao local da execução para colher mais provas.
Peró disse que em conversa com o pai de Matheus, ele afirmou não se lembrar de nada que pudesse estar ligado a execução, como ameaças recebidas. Ainda segundo Peró existem muitas coincidências entre as execuções de ‘Bomba', Figueiredo e de Matheus.