Atentado contra filho de PM pode estar ligado a execuções recentes em Campo Grande
A morte de Matheus Xavier de 20 anos, na noite desta terça-feira (9), em Campo Grande, em frente a sua casa no bairro Miguel Couto, pode estar ligada a recentes execuções em Campo Grande. A vítima foi executada com seis tiros de fuzil. Segundo o delegado Fábio Peró do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a […]
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A morte de Matheus Xavier de 20 anos, na noite desta terça-feira (9), em Campo Grande, em frente a sua casa no bairro Miguel Couto, pode estar ligada a recentes execuções em Campo Grande. A vítima foi executada com seis tiros de fuzil.
Segundo o delegado Fábio Peró do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), a arma usada na execução era um fuzil AK762 e seria do mesmo calibre usado na execução de Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, conhecido como ‘Orlando Bomba e do 1º sargento Ilson Martins Figueiredo, que foi executado a tiros de fuzil e metralhadora, na Avenida Guaicurus, em junho de 2018.
A força-tarefa montada para tentar solucionar os casos de ‘Bomba’ e Figueiredo também orá investigar a execução de Matheus e tentar encontrar os pistoleiros para tentar determinar se Matheus teria sido assassinado no lugar do pai por engano. Sete cápsulas de fuzil foram encontradas no local do crime. A força-tarefa ainda deve voltar ao local da execução para colher mais provas.
Peró disse que em conversa com o pai de Matheus, ele afirmou não se lembrar de nada que pudesse estar ligado a execução, como ameaças recebidas. Ainda segundo Peró existem muitas coincidências entre as execuções de ‘Bomba’, Figueiredo e de Matheus.
Execução Bomba
Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, conhecido como ‘Orlando Bomba’, foi fuzilado com mais de 40 tiros de fuzil 5.56 na Rua Amazonas, Jardim Autonomista, no dia 26 de outubro de 2018, porque teria entregado o esquema do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani.
Depois de entregar o esquema de tráfico de Raffat, facilitando assim a execução do narcotraficante, ‘Orlando Bomba’ teria fugido da fronteira se escondendo em Campo Grande, já que estaria jurado de morte.
Execução Figueiredo
O chefe da segurança da Assembleia Legislativa de Campo Grande, o 1º sargento Ilson Martins Figueiredo, foi executado a tiros de fuzil e metralhadora no dia 11 de junho de 2018, na Avenida Guaicurus, na Capital.
Ele estava conduzindo um Kia Sportage quando foi surpreendido e seu carro alvejado por diversos tiros de arma de grosso calibre, entre elas, um fuzil. Aproximadamente 18 cápsulas foram recolhidas pela perícia no local. Depois de ser atingido, o veículo que ele dirigia bateu contra o muro de uma casa.
Nas imediações na Rua Piracanjuba o carro usado na execução de Ilson Martins Figueiredo, um Fiat Toro, foi encontrado incendiado. Os autores ainda não foram localizados pela polícia.
Execução filho PM
Pai e filho chegavam em casa em uma GM S-10, no bairro Miguel Couto, próximo da Escola Estadual Hercules Maymone, quando suspeitos em um veículo modelo Up branco se aproximaram e dispararam várias vezes. No local, a polícia encontrou cápsulas deflagradas de fuzil.
Xavier saiu com a caminhonete com sinais ligados e buzinando, na tentativa de chegar ao hospital a tempo de salvar o filho. Ele avançou sinais e chegou a pedir ajuda a bombeiros que atendiam vítima de atropelamento no cruzamento da Rua 13 de Junho com a Avenida Mato Grosso.
Condenação de PM
O capitão já havia sido preso em 2009 por envolvimento com uma organização que explorava máquinas caça-níqueis em Campo Grande. Paulo Roberto Teixeira Xavier foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado por falsidade ideológica, por manter um estabelecimento comercial, o que é proibido para oficial e corrupção passiva.
Na época, ele foi denunciado pelo Ministério Público durante a operação Las Vegas, realizada pela PF (Polícia Federal) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), como responsável pela logística e segurança da organização que explorava máquinas caça-níqueis na Capital.
O major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho foi apontado como líder do esquema e acabou expulso da corporação. Com a quadrilha foram apreendidos 18 veículos, um avião, 97 máquinas de caça-níqueis, R$ 77 mil, US$ 1,7 mil, computadores e notebooks.
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