Após motim e ameaças contra agentes na Gameleira, 53 presos voltam para o regime fechado

53 presos ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) envolvidos em motim ocorrido durante a madrugada desta quinta-feira, na Colônia Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande, foram identificados e tiveram regressão de regime. Eles cumpriam pena em regime semiaberto e agora voltaram para o regime fechado, conforme despacho assinado pelo juiz Albino […]

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Confusão aconteceu no presídio da Gameleira. Foto: Arquivo
Confusão aconteceu no presídio da Gameleira. Foto: Arquivo

53 presos ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) envolvidos em motim ocorrido durante a madrugada desta quinta-feira, na Colônia Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande, foram identificados e tiveram regressão de regime. Eles cumpriam pena em regime semiaberto e agora voltaram para o regime fechado, conforme despacho assinado pelo juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª Vara de Execuções Penais.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que a regressão foi executada ainda pela manhã, com a maioria dos internos encaminhada para o Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, localizado no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste. Além disso, por meio da assessoria de imprensa, a agência informou que abriu investigação para apurar o ocorrido.

A confusão teve início depois que agentes penitenciários impediram a fuga de internos. Por volta das 2h30 da madrugada, presos quebraram a parede da cela 114 do pavilhão D tentando escapar, sendo que durante o confere feito pelos agentes, os internos começaram a avançar contra os servidores. Eles passaram a gritar palavras de saudação do PCC: “ Aqui quem manda é o PCC, o crime organizado. A cadeia é nossa, vamos matar todo mundo nesse plantão”.

Em seguida, todos os presos do pavilhão começaram a entoar o hino da facção criminosa tentando arrancar as grades das celas. “Vamos derrubar esta cadeia, 1533 PCC é tudo nosso”. Três agentes foram ameaçados de morte pelo grupo, que dizia saber onde moravam e que a caminhada dos servidores seria curta. Os detentos do pavilhão D teriam tentado colocar os outros internos dos pavilhões A, B e C contra o corpo de segurança do presídio. A Agepen tomou a medidas cabíveis e equipes do Batalhão de Choque entraram no presídio para fazer a contenção. 

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