Por maioria de votos, o conselho de sentença acatou a tese de legítima defesa e absolveu Daniel Douglas da Silva Andrade, de 24 anos, do homicídio de Fabrício Aquino Guerreiro, ocorrido no dia 14 de abril de 2014. O julgamento foi realizado nesta terça-feira (10).

No entanto, o réu foi condenado a 2 anos em regime aberto e dez dias-multa pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, conforme pena fixada pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do de .

Fabrício foi morto a tiros durante uma discussão, e era suspeito de ter assaltado mãe e a tia de Daniel, ameaçando-as com uma faca. A tia, vítima do roubo, contou que voltava do trabalho acompanhada da irmã – mãe de Daniel – quando foi abordada pelo ladrão. 

Na ocasião, Fabrício sacou uma faca e chegou a colocar a arma na barriga da vítima, exigindo os celulares. As vítimas do roubo entregaram os aparelhos e Fabrício fugiu. Ele era conhecido no bairro e, segundo as testemunhas e também Daniel, cometia roubos e furtos na região do Parque do Lageado, onde ocorreu o crime. 

Daniel contou que foi visitar a mãe uma semana depois, quando ela contou sobre o assalto. Segundo ele, Fabrício passava na frente da residência no momento em que ele conversava com a mãe, então foi tirar satisfação, exigindo os celulares de volta. Fabrício disse que já tinha vendido os aparelhos, então ele exigiu o dinheiro, quando começou a discussão.

“Ele tirou a faca da bota e me feriu no abdômen”, contou o acusado. Neste momento Fabrício correu para uma igreja nas proximidades e Daniel foi atrás. Os dois entraram em luta corporal e depois a vítima correu para fora da igreja, quando Daniel sacou o revólver e atirou três vezes, atingindo o rapaz na cabeça e nas costas.