Esposas de detentos protestam contra maus-tratos em Presídio Federal de Campo Grande

Com apitos, camisetas, cartazes e balões, cerca de 15 mulheres de detentos se reuniram na manhã desta terça-feira (16), em frente à Penitenciária Federal de Campo Grande, para protestar contra maus-tratos que, segundo elas, seus maridos vêm sofrendo dentro da unidade. Uma das organizadoras, de 33 anos, que pediu para não ser identificada por medo de […]

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Com apitos, camisetas, cartazes e balões, cerca de 15 mulheres de detentos se reuniram na manhã desta terça-feira (16), em frente à Penitenciária Federal de Campo Grande, para protestar contra maus-tratos que, segundo elas, seus maridos vêm sofrendo dentro da unidade.

Uma das organizadoras, de 33 anos, que pediu para não ser identificada por medo de represálias, disse que as principais revindicações são em relação à alimentação, higiene, saúde e o modo que os detentos e suas famílias são tratadas pelos agentes penitenciários. Outra reclamação das mulheres é a falta de visitas íntimas.

“A comida deles muitas vezes já chega aqui estragada, falta produtos de higiene pessoal e não podemos trazer. Quando precisam de atendimento médico demora muito, tirando a forma como somos tratadas, com grosseria e desrespeito”, disse.

Segundo um agente de segurança do presídio, quem fornece a alimentação dos detentos é uma empresa terceirizada, e se constatado que a comida não está própria para o consumo, a empresa é avisada e o alimento reposto.

Sobre a saúde dos presos, o agente explica que os detentos são atendidos como qualquer outro cidadão, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e dentro da unidade há dois profissionais de saúde de plantão para atender os detentos.

Ele afirmou que não foram feitas denúncias sobre abusos ou maus tratos aos parentes dos detentos e que a concessão de visita íntima não é uma obrigação da unidade, já que a liberação do benefício depende da análise de cada gestor do sistema penitenciário.

As esposas também reclamaram sobre o procedimento revista íntima, que são submetidas todas as vezes que vão visitar um detento. Segundo uma das mulheres não seria necessário passar por essa ‘humilhação’, já que existe o body scanners, aparelho que detecta se há drogas ou outros objetos escondidos no corpo.

De acordo com a administração do presídio, as revistas íntimas servem para complementar o procedimento de segurança, já que familiares podem entrar com bilhetes para repassar informações de facções, por exemplo, que não são detectados pelo aparelho de scanner.

 

 

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