Foi marcado para o próximo dia 26 de setembro o júri popular de Luiz Alves Martins Filho, o Nando, em Campo Grande. O julgamento será feio por videoconferência no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), onde ele está preso.

O júri será por videoconferência já que Nando está com tuberculose, e como no seu primeiro julgamento, ele não estará no tribunal. No dia 26, Nando será julgado pela morte de Aparecida Adriana da Costa, que na época tinha 33 anos.

Aparecida ou ‘Malu’ como era conhecida desapareceu em agosto de 2014. A mãe da Aparecida em 2016 deu uma declaração de quando a filha desapareceu. A última frase que ouviu da filha, “Vou sair e não sei se volto”, e desde estão, a filha nunca mais apareceu em casa. “Lembro que deixei uma carne para ela fazer, assar, mas ela não fez a janta. Depois disso nunca mais assei nada”. Usuária de pasta base e crack, Malu, chegou a comentar com a mãe e irmã sobre dívidas no bairro.

No dia 29 de junho, Nando foi a júri popular pela morte de ‘Café’. Ele está preso desde 2016 e durante seu depoimento por videoconferência negou que tenha cometido os assassinatos, num total de 16 mortes. Nando, ainda disse ter sido estuprado por 18 presos e afirmou que prefere morrer a ficar na cadeia, já que o lugar seria um inferno.

Mortes no Danúbio Azul

Café’, que não teve o nome divulgado, foi morto por Jean, Michel e Nando e localizado em uma das primeiras escavações. Ele devia dois fretes no valor de R$ 170 para Nando.

‘Alemão’, morto há 4 anos por Jean, Nando e uma terceira pessoa ainda não identificada e também já foi encontrado. Ele vendeu para um integrante do grupo criminoso uma TV e usou o dinheiro para comprar drogas. Ao descobrirem que o aparelho era furtado, os criminosos mataram o rapaz.

Bruno Santos da Silva, o ‘Bruninho’, foi assassinado em 2013 por Nando e localizado pela polícia na semana passada. Em 2009 ele teria agredido um sobrinho de Nando, que o estrangulou por vingança.

Ana Cláudia Marques, de 37 anos, era mãe de 6 filhos e foi assassinada em setembro de 2015 por dívidas de drogas com o grupo. Ela foi localizada no dia 23 de novembro de 2016 e enterrada no último dia 19 de agosto de 2017.

Flávio Soares Correa, morto em abril de 2015, com 25 anos. Foi assassinado por Jean e Nando porque praticava furtos no bairro e era considerado ‘afeminado demais’ pelos criminosos.

No dia 24 de novembro foram encontrados, Jhennifer Luana Lopes, a Larissa, morta em março de 2016, aos 16 anos, por Nando e Michel porque praticava furtos e Lessandro Valdonado de Souza, de 13 anos, que foi assassinado porque flagrou uma traição da cunhada Talita.

Outra vítima encontrada foi identificada como Aline Farias Silva, de 22 anos. Ela foi morta por furtas objetos no bairro para comprar drogas. A família só conseguiu realizar o enterro um ano e seis meses após a morte. O sepultamento ocorreu no dia 29 de julho de 2017.