Durante o julgamento, Jackson negou que tenha ido até o local para matar o cunhado

Jurados da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande absolveram Jackson Ferreira de Brito Oliveira, 21 anos, do crime de tentativa de homicídio contra seu cunhado nesta quinta-feira (12). A vítima tinha sido testemunha em um outro crime em que o acusado havia cometido em 2016.

Na data do ocorrido, 26 de julho de 2017, ambos participaram de uma audiência que tramita pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, no qual Jackson é acusado de ter matado a travesti Emerson dos Santos Rosa, de nome social Luana. Ao sair do Fórum, Jackson teria ligado para o filho da vítima e dito: “avisa o seu pai, esse cagueta, que eu estou saindo agora do Fórum, e vou descer aí para matá-lo”.

A testemunha teria ido trabalhar em seu bar no Bairro Morada Verde quando o réu chegou e disse: “eu acabei de chegar do Fórum, eu estou desarmado agora, mas você não nem mais meia hora de vida”. Jackson teria voltado após 10 minutos em posse de uma faca de cozinha, mas foi impedido pelo filho da vítima, que usou um pedaço de madeira para golpeá-lo nas costas.

Durante o julgamento, Jackson negou que tenha ido até o local para matar o cunhado, o réu declarou que tinha ido perguntar sobre uma suposta venda de um imóvel. Ele também disse que só adquiriu a faca após ser golpeado pelo sobrinho.

Tanto para o Promotor de Justiça, quanto para a defesa de Jackson, as provas obtidas eram insuficientes para afirmar que o réu iria matar o cunhado com uma faca. Diante da falta de provas, o autor que cumpria prisão preventiva em razão de que o processo foi decorrente de outro já existente, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, pronunciou pela absolvição do réu.

Outro processo

Jackson é réu pelo assassinato da travesti Luana, o crime ocorreu em 24 de junho. A vítima foi encontrada morta a facadas na região do Coronel Antonino, nas proximidades do Cemitério do Cruzeiro, e também foi identificada.

O acusado já chegou a ser preso em flagrante em 2015, tentando furtar alimentos da Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), mas teria sido solto em audiência de custódia.