Cardiologista morreu no último dia 11

A Polícia Civil aguarda laudos periciais para concluir o inquérito que apura a morte do cardiologista José Carlos Dorsa, encontrado morto no início da noite do último dia 11, em Campo Grande. Por causa da espera pelos documentos, não há previsão para que as investigações sejam encerradas.

“Já ouvimos a equipe de resgate, o namorado do Dorsa e um funcionário e o proprietário do estabelecimento em que eles estava quando morreu. Alguns parentes ainda vão prestar depoimentos e continuamos aguardando os laudos da perícia, já que sem esses documentos não é possível concluir o inquérito”, explicou a delegada Daniela Kades, responsável pelo caso.

Todos as testemunhas confirmam a versão de que o cardiologista estava sozinho no momento em que passou mal. Além disso, não foram encontrados vestígios de drogas no local onde o corpo foi encontrado.

O caso

Informações passadas pela Polícia Civil são de que o cardiologista chegou por volta das 16 horas ao local, que fica na Rua Boa Vista, reclamando de dores de cabeça. Ele teria dito que discutiu com seu companheiro e que não estava bem.

Dorsa foi encontrado caído no chão de uma sala de televisão, por um garoto de programa, que estava no quarto ao lado com um cliente. Foi tentada a reanimação por testemunhas que estavam no local.

Segundo o delegado Gomides Ferreira, a suspeita é de que um ataque cardíaco tenha matado o cardiologista, mas suicídio ou overdose, não foram descartados como hipótese para explicar o mal súbito.

Máfia do Câncer

José Carlos Dorsa era um dos denunciados por suposto envolvimento na chamada ‘Máfia do Câncer’, com mais sete pessoas. Todos viraram réus em duas ações penais ajuizadas pelo Núcleo de Combate à Corrupção do MPF/MS (Ministério Público Federal) com relação às irregularidades apontadas na Operação Sangue Frio, ocorrida em 2013.

Segundo as investigações, as fraudes na saúde geraram prejuízo de R$ 2,3 milhões.