Pistoleiro é condenado pela morte de Paulo Magalhães, mas responderá em liberdade

Mesmo sendo condenado a 18 anos de reclusão pelo 2° Tribunal do Júri de Campo Grande, pela morte do delegado Paulo Magalhães, o guarda municipal José Moreira Freires irá responder o crime em liberdade, por força de um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul em 24 de janeiro de […]

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Mesmo sendo condenado a 18 anos de reclusão pelo 2° Tribunal do Júri de Campo Grande, pela morte do delegado Paulo Magalhães, o guarda municipal José Moreira Freires irá responder o crime em liberdade, por força de um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul em 24 de janeiro de 2014.

José Moreira foi condenado por homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz determinou que ele irá ser monitorado por tornozeleira eletrônica durante o cumprimento da pena e será obrigado a ficar em casa todas as noites. Se for trabalhar ou se deslocar em um raio maior que 200 metros precisará informar à Justiça.

Execução

O delegado Paulo Magalhães foi executado em frente à escola da filha em junho de 2013. Os pistoleiros monitoraram o delegado desde a casa dele até a escola da filha, na Rua Alagoas, e lá decidiram fazer a execução. O monitoramento teria iniciado às 7 horas e o crime aconteceu às 17 horas.

O delegado aposentado estava em seu veículo, uma Land Rover, quando foi executado a tiros de pistola dados pelo guarda municipal que estava na garupa de uma moto, pilotada por Rafael Leonardo Santos. Já Antônio Antônio Benitez Cristaldo fazia escolta dos dois em um carro. Ele ainda será julgado.

Depois que os mandados de busca e apreensão e prisão foram expedidos para o trio, Rafael foi encontrado morto e partes do seu corpo foram jogados próximo ao lixão da Capital. Ele foi carbonizado e decapitado.

Segundo a promotoria, Rafael seria o ‘elo mais fraco’ dos três e poderia contar quem seriam os mandantes do crime. Por isso, foi eliminado. O corpo dele só pode ser identificado através de exames de DNA.

Foi levantada uma hipótese, extraoficial, de que o crime teria custado R$ 600 mil. O mandante do crime não foi identificado até hoje. O delegado aposentado fazia denúncias em um site de notícias.

Medo e silêncio

José Moreira Freires disse nesta quarta-feira (15) que fugiu depois do crime com medo de ser ‘eliminado’ pela polícia como queima de arquivo. Até hoje, quando ocorre o primeiro júri popular do caso, as investigação não chegaram nem perto dos mandantes da morte.

Paulo Magalhães, após se aposentar como delegado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, estava envolvido em diversas denúncias contra autoridades regionais e chegou a falar publicamente sobre os supostos esquemas de corrupção que combatia, durante audiência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) com a ministra Eliana Calmon, em 2011, em Campo Grande.

Magalhães também advogava para servidores federais que denunciavam supostas condutas ilícitas no Presídio Federal de Campo Grande. À época do crime, circulou a informação de que o delegado aposentado e professor universitário de Direito teria distribuído dossiês com pistas sobre a execução dele para amigos, mas os documentos nunca chegaram a aparecer.

Freires disse aos jurados que não sabia que a vítima era delegado aposentado e que achava que se tratava de um advogado. Mesmo assim, ele continua negando.

Para explicar porque fugiu logo depois da execução, o guarda municipal levanta suspeita sobre a atuação da polícia no caso. Segundo ele, mesmo sem ter participação na execução, teria sido ‘avisado’ que policiais estariam armando um cenário de resistência para matá-lo quando fosse abordado. O suposto plano para eliminar o pistoleiro seria uma ‘queima de arquivo’.

Freire admitiu que conhecia outro implicado na morte de Magalhães, Antônio Benites, que está com o júri popular marcado para 29 de agosto. Os dois trabalhavam como seguranças no Hospital El Kadri, e José afirma que na hora do crime estava indo para o local.

Evidências

Execução

O delegado Paulo Magalhães foi executado em frente à escola da filha em junho de 2013. Os pistoleiros monitoraram o delegado desde a casa dele até a escola da filha, na Rua Alagoas, e lá decidiram fazer a execução. O monitoramento teria iniciado às 7 horas e o crime aconteceu às 17 horas.

O delegado aposentado estava em seu veículo, uma Land Rover, quando foi executado a tiros de pistola dados pelo guarda municipal que estava na garupa de uma moto, pilotada por Rafael Leonardo Santos. Já Antônio Antônio Benitez Cristaldo fazia escolta dos dois em um carro. Ele ainda será julgado.

Depois que os mandados de busca e apreensão e prisão foram expedidos para o trio, Rafael foi encontrado morto e partes do seu corpo foram jogados próximo ao lixão da Capital. Ele foi carbonizado e decapitado.

Segundo a promotoria, Rafael seria o ‘elo mais fraco’ dos três e poderia contar quem seriam os mandantes do crime. Por isso, foi eliminado. O corpo dele só pode ser identificado através de exames de DNA.

Foi levantada uma hipótese, extraoficial, de que o crime teria custado R$ 600 mil. O mandante do crime não foi identificado até hoje. O delegado aposentado fazia denúncias em um site de notícias.

Medo e silêncio

José Moreira Freires disse nesta quarta-feira (15) que fugiu depois do crime com medo de ser ‘eliminado’ pela polícia como queima de arquivo. Até hoje, quando ocorre o primeiro júri popular do caso, as investigação não chegaram nem perto dos mandantes da morte.

Paulo Magalhães, após se aposentar como delegado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, estava envolvido em diversas denúncias contra autoridades regionais e chegou a falar publicamente sobre os supostos esquemas de corrupção que combatia, durante audiência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) com a ministra Eliana Calmon, em 2011, em Campo Grande.

Magalhães também advogava para servidores federais que denunciavam supostas condutas ilícitas no Presídio Federal de Campo Grande. À época do crime, circulou a informação de que o delegado aposentado e professor universitário de Direito teria distribuído dossiês com pistas sobre a execução dele para amigos, mas os documentos nunca chegaram a aparecer.

Freires disse aos jurados que não sabia que a vítima era delegado aposentado e que achava que se tratava de um advogado. Mesmo assim, ele continua negando.

Para explicar porque fugiu logo depois da execução, o guarda municipal levanta suspeita sobre a atuação da polícia no caso. Segundo ele, mesmo sem ter participação na execução, teria sido ‘avisado’ que policiais estariam armando um cenário de resistência para matá-lo quando fosse abordado. O suposto plano para eliminar o pistoleiro seria uma ‘queima de arquivo’.

Freire admitiu que conhecia outro implicado na morte de Magalhães, Antônio Benites, que está com o júri popular marcado para 29 de agosto. Os dois trabalhavam como seguranças no Hospital El Kadri, e José afirma que na hora do crime estava indo para o local.

Uma série de evidências no assassinato do delegado Paulo Magalhães acabou levando a polícia à identificação dos pistoleiros acusados pelo crime, José Moreira Freires, Antônio Benitez Cristaldo e Rafael Leonardo dos Santos. Este último foi morto e seu corpo foi encontrado carbonizado, decapitado e sem os braços e pernas.

Uma delas seria o fato de que as imagens de segurança, que gravaram a ação dos pistoleiros em junho de 2013, mostravam um dos autores mancando. José Moreira manca de uma das pernas, por causa de um acidente que sofreu quando criança. O guarda-municipal também seria suspeito da morte de um Policial Militar.

A partir dos três dígitos da placa da moto vermelha usada para a execução, a polícia chegou a três motocicletas vermelhas em Campo Grande, mas apenas uma foi compatível, o que levou a polícia até o segurança Antônio Benitez Cristaldo.

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