A mãe de uma estudante de medicina de 20 anos procurou a delegacia de polícia da cidade de Três Lagoas – a 338 quilômetros de Campo Grande, porque a jovem passou a ser ameaçada e perseguida depois de um homem de 32 anos divulgar na internet e redes sociais vídeos em que ela apareceria em cenas de sexo.
A mulher contou aos policiais que a filha teve de mudar de cidade e de faculdade por causa das ameaças e assédio. Além de divulgar o vídeo, ele teria feito ameaças à vítima.
Com medo, a jovem se mudou e constantemente é perseguida com mensagens de cunho sexual enviadas por desconhecidos pelo WhatsApp e Instagram. Nessas mensagens, homens tentam coagi-la a fazer sexo para que não espalhem o vídeo.
O caso foi registrado na delegacia como divulgação de cena de estupro ou cena de estupro de vulnerável, ou cena de sexo ou pornografia.
Revenge Porn
O ato de divulgar vídeos ou fotos com teor sexual, também conhecido como revenge porn, é crime e pode ser punido com prisão. No ano passado, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal aprovou o projeto que tipifica o crime de “revenge porn” dentro da Lei Maria da Penha.
O objetivo é punir quem vaza fotos íntimas alheias sem autorização. Confira o que diz a lei.
O crime é tão grave e pode destruir a vida e abalar as relações sociais e familiares da vítima. Em alguns casos, a vítima chega a cometer suicídio. Pensando em ajudar essas mulheres, uma ONG chamada Marias da Internet foi criada para oferecer apoio jurídico e psicológico às vítimas.
(Foto: Ilustrativa)