Detalhes que se juntaram fizeram a polícia chegar até quadrilha que fraudava seguros de máquinas agrícolas em vários estados do País. Em Mato Grosso do Sul o grupo tentou aplicar golpe de R$ 350 mil, no entanto, somando o que lucraram durante os cinco anos em que o esquema funcionou, o valor pode ultrapassar R$ 3 milhões.

De acordo com a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelo caso, um dos pontos que chamaram atenção dos investigadores foi o fato de uma caixa d´água ser encontrada ao lado da máquina incendiada pelos criminosos na cidade de Sonora. Mesmo com a água perto, não houve tentativa de apagar as chamas.

Além disso, os boletins de ocorrência registrados para comunicar o incêndio nas máquinas eram registrados no Rio Grande do Sul, estado de origem dos equipamentos, e, por este motivo, as colheitadeiras não era periciadas antes de o pedido de ressarcimento de seguro ser feito.

Para conseguir o valor da apólice, os autores adulteravam o registro das máquinas, sempre para um equipamento com valor superior ao do que incendiavam propositalmente. Depois disso, registraram Boletim de Ocorrência e com ele, solicitavam o seguro.

 

Funcionários da seguradora procuraram a polícia depois de desconfiar do grupo, que passou a ser investigado desde novembro. Rudi José Wammes, de 54 anos, Fábio André Kaufmann, de 36 anos, e Ivalber silva de oliveira, de 53 anos, apontado como articulador da quadrilha, foram presos em um restaurante na RS-344 durante uma reunião com o representante da seguradora que seria alvo do novo golpe.

Eles serão indiciados por simples, falsidade ideológica e associação criminosa.