Ele será intimado pela terceira vez 

Alvo de atentado no Bairro Guanandi, em Campo Grande, Salém Pereira Vieira, de 36 anos, ainda não foi encontrado pela Polícia Civil para contar sua versão do que aconteceu no dia 2 de fevereiro, quando o carro em que ele estava, um Renault Logan, foi atingido por mais de dez tiros durante tentativa de execução.

“Ele ainda não foi ouvido e o advogado diz que ele está residindo em outro local da federação”, explica o delegado Gustavo Bueno, responsável pelas investigações.

O investigador explica que Salém já foi intimado duas vezes e que um terceiro requerimento será expedido na tentativa de ouví-lo. Por este motivo, foi preciso solicitar prorrogação do prazo de conclusão do inquérito que tenta desvendar as causas e a autoria do atentado.

Mesmo diante da dificuldade em colher o depoimento da vítima, Bueno explica que as investigações seguem em andamento. “O inquérito não ficou parado e está bem avançado. É claro que precisamos da contribuição do Salém, mas já ouvimos cerca de sete pessoas e toda equipe de atendimento que esteve no local”, relata.

Relembre o caso

​Salém sofreu um atentado no dia 2 de fevereiro no Bairro Guanandi, em Campo Grande, em frente a uma escola. O carro em que estava, um Renault Logan, foi atingido por mais de dez tiro, sendo que pelo menos seis atingiram ele.

No dia do crime, ele estava na companhia da esposa que levava a filha a escola, que fica na região do Guanandi. Um carro, de cor preta, teria parado ao lado do veículo de Salém e os ocupantes efetuados os disparos. Ele teria descido do carro e andado por aproximadamente cinco metros quando caiu na calçada de uma escola de educação infantil. Ele foi atingido na lombar, pescoço e peito.

Prisões

Salem ficou conhecido em 2015, quando foi testemunha em um processo contra o ex-prefeito Gilmar Olarte, no escândalo sobre os cheques em branco. A informação é de que, atualmente, ele estaria trabalhando como cobrador de dívidas.Após tentativa de execução, Salém não é encontrado para prestar depoimento

Ele possui ficha com passagens pela polícia. Em 2005, foi preso em flagrante acusado de um roubo. Um ano depois, ele ganhou progressão de pena e foi para o semiaberto, de onde fugiu em dezembro daquele ano, sendo recapturado em outubro de 2008.

Em fevereiro de 2012, ele foi preso novamente por porte ilegal de arma, mas foi posto em liberdade após pagar fiança. Em 2014, ele voltou a ser preso pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.