Após 44 dias da do 2º sargento da Polícia Militar e ex-assessor da Secretaria de Estado de Governo, Ricardo Campos Figueiredo, a defesa do militar alega que em depoimento a esposa de Ricardo teria confessado ter quebrado os aparelhos celulares do marido um dia antes da deflagração da Operação Oiketicus, no dia 16 de maio.

Segundo o depoimento da mulher do militar, os celulares teriam sido quebrados por ela na madrugada anterior a operação, e por motivos particulares do casal. Com isso, os advogados de Ricardo pediram em despacho ao juiz que seja feita uma perícia técnica nos aparelhos.

Ainda segundo a defesa a suspeita da quebra dos aparelhos no dia da deflagração da operação surgiu porque os celulares danificados “estariam muito quentes”, e para afastar dúvidas foi feito o pedido de perícia por um assistente técnico “na busca da verdade”.

Segundo a defesa “a informação técnica a respeito do tempo é fundamental para averiguar a materialidade do delito, sendo que referida prova é tida como fundamental”.

No dia 19 deste mês, após o novo pedido de impetrado pela defesa de Ricardo, o MP (Ministério Público) se manifestou contrário ao pedido de liberdade provisória.

O sargento havia conseguido um habeas corpus no dia 19 de maio, três dias depois de sua prisão, mas acabou sendo preso novamente no dia 23 de maio, quando teve revogado o habeas corpus.

Quebra de celulares e prisão

Segundo os relatos entregues à Justiça, o sargento ‘enganou’ colegas e o membro do MP-MS durante cumprimento de mandado judicial de busca e apreensão na casa dele, se escondeu em um banheiro e danificou os aparelhos que usava para conversar com chefes, colegas, familiares e amigos.

Ao todo, a Corregedoria da Polícia Militar e o Gaeco cumpriram 66 mandados, sendo 21 de prisão e 45 de busca e apreensão.

Entre os alvos estavam oficiais e praças da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, incluindo comandantes de unidades em municípios do interior.

Mais policiais presos

A Oiketicus teve mais uma fase no dia 13 de junho, quando oito policiais militares, entre eles um tenente da reserva e sete praças, foram presos.

Cinco praças foram presos em cidades do interior do Estado e três na Capital. Todos foram levados para a Corregedoria da PM, onde passaram por procedimentos administrativos e, em seguida, foram levados para o Presídio Militar de .

Ao todo 29 policiais militares foram presos durante a deflagração da operação.