Exames de DNA não foram conclusivos

A reconstituição sobre a morte do garoto Kauan Andrade, de 9 anos, demorou quatro horas e teve a participação do acusado pelo crime, o professor de 38 anos, e mais duas pessoas que teriam contato com os adolescentes e com o suspeito.

Informações são de que a reconstituição serviu para confrontar as versões apresentadas para o crime. Durante a simulação, o professor se manteve calado. Ainda de acordo com informações, os exames de DNA não foram conclusivos para o sangue de Kauan.

A limpeza pesada feita na residência teria dificultado a coleta de material para os exames feitos. Uma coletiva para esclarecer o que teria acontecido na casa no dia do crime será feita na próxima terça-feira (22).

Aproximadamente 30 policiais participaram da reconstituição com 14 viaturas. Na segunda-feira (14) o delegado Paulo Sérgio Lauretto da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) disse ter provas suficientes para indiciar o suspeito de matar o menino, por estupro seguido de morte e ocultação de cadáver.

O suspeito da morte do menino já estava preso preventivamente por outros oito estupros de vulnerável. Foram feitos pedidos de mais exames de DNA para confrontar o material genético recolhido da casa do professor.

Relembre o caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca. Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O homem suspeito de ser pedófilo foi preso no dia 21 de julho, no começo da tarde, pouco antes do início das buscas pelo corpo do menino. De acordo com o delegado, o suspeito negou as acusações, mas com o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, não há dúvidas de que a vítima era Kauan.

Sobre o local onde o corpo foi deixado, segundo a autoridade policial, o adolescente apresentou contradição. Ele afirma que entrou no carro do suspeito, com o corpo no porta-malas, mas que não desceu do veículo para jogar o menino. O criminoso teria ido sozinho às margens do córrego e permanecido por aproximadamente 30 minutos.

Durante todo o dia 22 de julho, a polícia e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas pelo corpo de Kauan no Córrego Anhanduí. Apenas um saco de lixo com fios de cabelo foi encontrado.

Uma amiga da família de Kauan contou a equipe do Midiamax que ele era ‘fissurado’ por pipas e que suspeita que isso pode ter sido usado pelo suspeito para atrair o menino. “Ele colecionava pipas, chegava a esconder a pipa em cima da casa para os irmãos não estragarem”. O homem já teve a prisão preventiva decretada por estupro de vulnerável e exploração sexual.