Material será confrontado com laudos 

Amostra do material genético do suspeito pela morte do menino Kauan Andrade, de 9 anos, foi colhido por equipe da perícia nesta segunda-feira (7). Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, o material será encaminhado ao Instituto de Criminalística, onde será confrontado com as amostras genéticas de familiares do garoto e com o material  coletado durante perícia realizada na casa do suspeito.

Ainda de acordo com informações, a polícia ainda não recebeu o resultado dos exames de DNA solicitados pelo delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). A expectativa é de que os laudos fiquem prontos ainda nesta semana.

Conforme levantado por equipe da perícia, na residência do suspeito teria sido feita uma limpeza ‘pesada’ para apagar supostos vestígios do crime no local, mesmo assim, os peritos conseguiram colher provas necessárias para a investigação.

O principal suspeito pela morte do garoto foi transferido nesta segunda-feira (31) para o Instituto Penal de Campo Grande, e nega qualquer envolvimento nos fatos. O corpo do menino continua desaparecido e as buscas no Rio Anhanduí, que duraram cerca de sete dias, estão suspensas. Após a suspensão, a família anunciou que iria procurar por conta própria.

A Polícia Civil não descarta a hipótese de que Kauan possa ter sido enterrado às margens do córrego, no dia 26 de junho, já que no depoimento do adolescente de 14 anos, ele contou que o suspeito teria descido sozinho no córrego e ficado aproximadamente 30 minutos no local. Ainda segundo o relato, o garoto teria se oferecido para descer e ajudar a jogar o corpo, mas o suspeito teria recusado apoio.

Caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca. Foram mais de 20 dias sem notícias até que o suspeito foi preso.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O pedófilo suspeito de matar Kauan nega as acusações, mas de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, na casa do revendedor de celulares, não deixam dúvidas da autoria.