Usava nomes falsos como ‘Renan Fagundes' e até fake feminino

A Polícia Civil procura por outras vítimas de Rafael de Oliveira de 24 anos, preso nesta quarta-feira (21), acusado de pelos menos três estupros em Campo Grande. Segundo a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ele é investigado por supostamente usar perfis falsos no Facebook oferecendo vagas de emprego para atrair vítimas e cometer os crimes.

Durante as investigações, a polícia conseguiu identificar vários perfis falsos usados por Rafael, entre eles o de uma mulher, Eliana Silva. Também usava o perfil falso em nome de Renan Fagundes.

Uma das vítimas, uma jovem de 18 anos, foi atraída pela oportunidade de emprego em uma lanchonete na Capital. Durante a conversa com o autor, ele teria pedido a moça que usasse um vestido ou saia para a entrevista de emprego.

Ele marcou com a vítima o encontro em uma rua lateral a Havan afirmando que um motorista iria busca-la. No local marcado, ele se identificou como gerente ‘Renan' levando a jovem para o Bairro Tiradentes, em uma rua de terra onde cometeu o .

Rafael cometia os crimes dentro de um veículo Fiat Pálio, de cor escura.  Ele está preso na carceragem da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher). Ele foi preso em flagrante na quarta-feira (21) e teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia, pelo estupro de uma adolescente de 17 anos e também teve a prisão decretada pelo estupro a jovem de 18 anos.Polícia procura vítimas do suspeito de atrair com vagas no Facebook para estuprar

Outros casos

Uma jovem de 20 anos também foi vítima de Rafael, que a atraiu com uma vaga de emprego. O estupro aconteceu no dia 23 de abril, mas o modo de agir neste caso foi diferente. Ele teria ido até a casa da jovem para busca-la e de lá a levou para o mesmo lugar onde cometeu os outros estupros.

Já no caso da adolescente, o autor teria oferecido uma vaga para ela fazer panfletagem e receber pelo serviço valores entre R$ 200 e R$ 300, para trabalhar das 18 às 21 horas. As instruções dadas a adolescente por ele é de que deveria esperar o motorista do empresário em uma rua lateral a Havan, na Avenida Ernesto Geisel. No dia e hora marcados, a jovem foi abordada pelo suspeito, que dirigia o Palio.

Ele se apresentou como motorista e a levou para o Tiradentes. Ele deu várias voltas no bairro simulando conversar no telefone com as outras candidatas a vaga, mas para a polícia, a vítima relatou que percebeu que a tela do aparelho estava bloqueada. O homem então parou em uma rua de terra e passou a assediar a menina, passar a mão por seu corpo e tentar forçá-la a praticar sexo oral nele.

Nervosa, a vítima começou a passar mal e o suspeito recuou. Ele deixou a menina na mesma região em que foi buscá-la e fugiu. Mas antes disso a jovem conseguiu anotar a placa do carro e no dia seguinte procurou a Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente).

Em uma investigação preliminar, os policiais da especializada descobriram que um dos parentes do proprietário do Palio havia sido preso na mesma manhã. Ao ver a foto do homem, a vítima o reconheceu imediatamente como autor do crime.

O primeiro registro, no entanto, foi feito no dia 23 de abril. Também por Facebook e com o perfil falso, o entregador marcou um encontro com uma jovem de 20 anos. No dia, diferente dos outros casos, foi até a casa dela e de lá a levou para o mesmo lugar que abusou das outras vítimas.

O Palio usado em todos os crimes foi apreendido pela Depca na casa do avô do suspeito e passou por perícia na manhã desta quinta-feira (22).

Para a polícia, outras mulheres e adolescentes podem ter sido vítimas do suspeito e não terem procurado a polícia. Quem reconhecer o homem como autor de outros crimes deve procurar as delegacias especializadas pelos telefones: 3314-7547 (Deam) e 3323-2500/2510 (Depca).