Laudos de DNA devem ficar até a próxima semana

Após as buscas e 21 quilômetros do Córrego Anhandui vistoriados pelo Corpo de Bombeiros, a polícia não descarta a possibilidade do corpo do garoto Kauan Andrade, de 9 anos ter sido enterrado e não jogado nas águas do córrego pelo professor de 38 anos.

Informações da polícia são de que o corpo do menino poderia ter sido enterrado as margens do córrego, no dia 26 de junho. No depoimento do adolescente de 14 anos, ele contou à polícia que o professor teria descido sozinho no córrego ficando aproximadamente no local 30 minutos.

Ele ainda disse que teria se oferecido a descer e ajudar a jogar o corpo no córrego, mas o professor teria recusado a ajuda dele. O que leva a polícia a ter a possibilidade de Kauan ter sido enterrado. Dentro desta linha de investigação, na semana passada em um determinado ponto das margens do córrego, os bombeiros procuraram por buracos onde o corpo poderia estar. Foram utilizados cães farejadores, mas nada foi localizado. As buscas estão suspensas mas podem ser retomadas caso surjam novas informações mais precisas.

Foram feitos pedidos de mais exames de DNA para confrontar com o material coletado na casa do suspeito. Sangue foi coletado na casa, assim como foram apreendidos, computadores com vídeos e imagens pornográficas.

São cinco laudos, sendo três de DNA e dois de material coletado. Agora um parente do sexo masculino de Kauan deve ter o material genético comparado com o que foi encontrado na residência para confrontar as provas. A previsão é de que os resultados fiquem até a próxima semana.

Ainda de acordo com informações, na residência teria sido feita uma limpeza ‘pesada' para apagar vestígios do crime no local.  O professor de 38 anos foi transferido nesta segunda-feira (31) para o Instituto Penal de , e nega qualquer envolvimento nos fatos.

O inquérito por homicídio e ocultação de cadáver deve ser encerrado nesta sexta-feira (4), já o de exploração sexual e abuso foi encerrado no dia 28 de julho, e o professor será indiciado pelos três crimes. Apenas o de posse de pornografia ainda não tem prazo para ser encerrado.Polícia não descarta que corpo de Kauan esteja enterrado

O caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram' no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O pedófilo suspeito de matar Kauan nega as acusações, mas de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, na casa do revendedor de celulares, não deixam dúvidas da autoria.