Envolvidas responderão por crime em liberdade

A Polícia Civil de Campo Grande indiciou uma auxiliar de serviços gerais, de 27 anos, e uma esteticista, de 38 anos, por negociação de uma recém-nascida, na Maternidade Cândido Mariano. A denúncia foi feita na segunda-feira (20), e segundo a delegada Marília de Brito, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), o crime foi confirmado e elas devem responder em liberdade.

As envolvidas foram indiciadas conforme o Artigo 238 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que é “promover ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante pagamento ou recompensa”.

O inquérito encerra em 30 dias e a polícia ainda aguarda a coleta de provas complementares antes que o caso siga à Justiça.

Caso

A Depca investiga, desde segunda-feira (20), a negociação de uma recém-nascida, antes mesmo da alta hospitalar, em Campo Grande. A mãe de 27 anos estaria vendendo a bebê para uma esteticista de 38 anos. Elas teriam sido apresentadas por uma terceira pessoa, e segundo a delegada, o crime foi descoberto após denúncia de funcionários da maternidade Cândido Mariano.

A mãe da criança já tem outro filho, que não teve a idade revelada, e disse à polícia que não teria condições e manter uma nova criança. A suspeita tem um companheiro, mas a criança seria filha de outra pessoa. Na residência, a polícia não encontrou nada para a recém-nascida. Diferente da casa da suposta compradora, que já estava preparada para o recebimento de um novo bebê.

Apesar de ambas negaram a compra/venda, a polícia acredita que havia, de fato, uma negociação. “A mãe da bebê já estava se beneficiando da negociação. Ela já havia se mudado para uma casa próxima a da compradora, e o aluguel, inclusive, foi pago pela suposta compradora da criança”.

A suposta compradora também tem um companheiro e filhos. Caso se confirme a negociação, as duas podem ser indiciadas por prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa. Se condenadas, elas podem ficar presas por um período de dois a quatro anos.