Polícia aguarda laudo para enquadrar agressores de jovem em lava-jato
Imol tem prazo de 10 dias para apresentar necrópsia
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Imol tem prazo de 10 dias para apresentar necrópsia
Thiago Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, de 31, envolvidos na agressão em um lava-jato que resultou na morte de Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, podem responder por homicídio qualificado, adiantou o delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Depca (Delegacia de Protecao a Crianca e ao Adolescente), nesta terça-feira (14). A vítima que teve o intestino rompido, duas hemorragias e parada cardíaca, morreu após 11 dias de internação, na Santa Casa de Campo Grande.
O resultado preliminar do exame de corpo de delito realizado no adolescente e divulgado nesta terça-feira, já informava sobre o risco de morte. O laudo foi requerido assim o caso chegou na delegacia, no último dia 6.
Reviravolta
O indiciamento dos suspeitos, por lesão corporal de natureza grave seria feito, hoje (14), mas agora, o inquérito deve mudar para homicídio, informou Lauretto. Ainda conforme o delegado, a polícia deverá classificar o crime a partir do resultado dos laudos.
O delegado disse ainda, que o caso do adolescente pode se enquadrar como homicídio ou lesão corporal quando resulta morte. Mas pontua que, de acordo com a legislação, casos classificados como lesão corporal os autores não tiveram e não assumiram o risco da morte. Diferente do caso de Wesner, onde os autores nao quiseram matar, mas assumiram o risco da morte.
Classificação
Laureto explica, que a qualificação do homicídio será definida com o resultado dos laudos que virão do Imol (Instituto Médico Odontológico Legal), mas adianta que neste caso, o crime poderá se enquadrar em homicídio qualificado, tendo em vista, a dificuldade de defesa da vítima.
Tecnicamente, o Imol tem prazo de 10 dias para apresentar a necrópsia.
Morte
Conforme a assessoria de imprensa do hospital, o paciente morreu, por volta das 13h35, após sofrer uma parada cardíaca. A equipe se preparava para fazer uma endoscopia com o objetivo de identificar o ponto do sangramento.
A suspeita era de que a hemorragia fosse no esôfago, onde o ar que entrou no corpo do adolescente, no dia das agressões, encontrou resistência.
O adolescente permaneceu internado por 11 dias, desde o dia 3 de fevereiro, quando deu entrada com rompimento de órgãos.
Pena aumentada
“Agora, com a morte, muda tudo. O crime passa a ser tratado como lesão corporal seguida de morte. A morte é componente maior e pode complicar a situação do denunciado”, disse advogado criminalista, Renê Siufi.
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