Paciente relata agressão em posto de saúde, mas guardas negam

Polícia foi acionada

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Polícia foi acionada

Na tarde desta sexta-feira (10), paciente da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino relatou ter sofrido agressões por parte de um guarda municipal. Os guardas que atuam no local negaram o fato e afirmaram que o paciente é conhecido por ‘causar problemas’ no posto.

Alexandro Pereira, de 36 anos, contou ao Midiamax que procurou a UPA com dores no peito, passou por triagem e aguardava atendimento, mas que estava demorando muito para ser chamado. Ele afirmou que foi até uma sala pedir informação sobre o atendimento, quando foi abordado pelo guarda municipal.

“Ele me puxou e estava exaltado, aumentou o tom de voz e me empurrou falando que não era pra eu ficar ali”, disse Alexandro. Ele ainda afirmou ter dito que queria apenas saber sobre o atendimento, mas que o guarda o segurou forte, empurrou e jogou dentro da sala de triagem, sob ameaças. Testemunhas disseram ao Midiamax que o guarda gritava, dizendo que Alexandro era usuário de drogas e chegou a agredi-lo com socos.

Cristiane Carvalho, de 32 anos, relatou que aguardava atendimento quando viu a cena. Segundo ela, o guarda foi truculento e mal educado. “Ele não tinha razão”, afirmou. Já Vandete da Silva, de 54 anos, disse “O poder tem subido para a cabeça desses guardas. Eles não respeitam mais”. Ela confirmou a versão de Alexandro e disse que o guarda gritava no saguão que o paciente era drogado.

Testemunhas acionaram a Polícia Militar e uma equipe orientou Alexandro a procurar uma delegacia para registrar boletim de ocorrência. Procurados pela reportagem, os guardas que trabalhavam no local afirmaram que Alexandro já é conhecido por ‘causar problemas’ no posto de saúde.

“Não é a primeira vez que ele causa problema aqui”, disse um guarda, que preferiu não se identificar. Outro guarda municipal afirmou que o colega, acusado de agressão, é conhecido no posto pelo serviço exemplar e que nunca aconteceu algo do tipo no local. “De maneira alguma fui truculento, só fui conversar com ele e não o agredi”, disse o guarda.

Se registrado, o caso pode ser tratado como lesão corporal. Alexandro permaneceu no local para aguardar o atendimento.

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