Delegado explica que golpista se aproveita da ‘ganância' da vítima

Uma mulher de 44 anos foi vítima de estelionatários no famoso golpe do empréstimo, modalidade criminosa em que a vítima realiza depósitos antecipados para ‘falsa' liberação do dinheiro. A ação dos bandidos teve início no último dia 20 de outubro, via WhatsApp.

Conforme o boletim de ocorrência, a vítima relatou que precisava fazer um empréstimo e iniciou algumas pesquisas na internet. A mulher teria encontrado um número de WhatsApp de uma empresa com DDD de São Paulo e logo no primeiro contato foi informada de eles só realizavam empréstimos acima de R$ 5 mil.

Em seguida, os envolvidos pediram todos os documentos pessoais e solicitaram o pagamento de um boleto no valor de 10% sobre o valor do empréstimo, que corresponderia a uma taxa, e que no caso da declarante, seria a quantia de R$470.

A declarante chegou a explicar que uma cunhada já havia caído em um golpe semelhante, mas os envolvidos rebateram a informação e disseram que o trabalho era sério. Ainda de acordo com relatos da vítima, um rapaz enviou uma mensagem de voz dizendo que o empréstimo já estava autorizado, mas que dependeria do depósito da declarante para estar liberado para saque.

No dia 24 de outubro, o marido da vítima realizou um depósito de R$470 e aguardou as 24hs, mas no dia seguinte foi informada por uma mulher que seria necessário a realização de um novo depósito, referente a um imposto no valor de R$420.

Mulher cai no golpe do empréstimo e perde R$ 890 em depósitos antecipados

A descoberta do golpe ocorreu quando o dinheiro não apareceu na conta e a vítima foi informada por outro envolvido, que usou um número diferente, de que o Banco Central havia bloqueado o dinheiro e que ela deveria fazer outro depósito no valor de R$500. Os golpistas informaram ainda que para o cancelamento do empréstimo e o estorno dos depósitos, ela iria pagar a multa de R$390.

A vítima entendeu que havia caído em um golpe desligou o telefone e procurou a Polícia Civil. O caso foi registrado como .

Orientação

Que ninguém dá algo de graça é fato e o cuidado com ‘certas' facilidades financeiras oferecidas deve ser dobrado. Segundo o delegado Mário Donizete, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de , o golpista se aproveita da ‘ganancia' da vítima.

“Em todo contrato bancário existe formalidade. Esses estelionatários oferecem uma série de vantagens na internet, jornais e site de vendas, até sem consulta ao SPC. É nesta facilidade oferecida, que as pessoas precisam tomar cuidado”, explica o delegado.

Donizete orienta que o solicitante nunca faça pagamentos antecipados. “ Não existe pagamento de entrada, se contratou pela internet solicite descontar do valor a ser recebido. O grande problema é o chamariz. E por fim, banco nenhum aceita pagamentos ‘por fora'”, finaliza.