MPE quer notas de consumo de Adriano em boate onde estava antes de ser morto
A primeira audiência do caso foi agendada
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A primeira audiência do caso foi agendada
O MPE (Ministério Público Estadual) requisitou notas sobre o consumo do empresário Adriano Correia do Nascimento na boate em que ele estava antes de ser assassinado pelo policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, no dia 31 de dezembro do ano passado. O ofício equivale aos últimos 12 meses antes da data do crime.
O documento foi enviado na sexta-feira (17) ao proprietário da boate, localizada na Rua Pimenta Bueno. No ofício, o MPE pede para que o dono do local envie as notas de consumo de Adriano nos últimos 12 meses até o dia do homicídio, já que a vítima “era cliente habitual” da boate.
O processo que apura a morte do empresário já soma mais de 1130 páginas e caminha para a primeira audiência interrogatória. As testemunhas de defesa e acusação já foram intimadas e a audiência está agendada para à tarde do dia 12 de abril.
Depois que os laudos apontarem elevados níveis de álcool, ecstasy e remédio para ansiedade no sangue do empresário, o advogado de Moon, Renê Siufi, afirmou a equipe do Jornal Midiamax que consultou especialistas para entender o que a mistura das substâncias podem ter causado no corpo da vítima e assim alterado o comportamento dela.
O exame, feito pelo IALF (Instituto de Análise Laboratoriais Forenses), constatou a presença de presença de álcool etílico na concentração de 2.33 g/l de sangue, além do ecstasy e medicamento.
O crime
Ricardo Sun Moon passou de policial a réu na madrugada do dia 31 de 2016, quando envolveu-se em uma confusão no trânsito, e atirou contra Adriano e as outras duas pessoas que estavam com ele no carro, Agnaldo Espinosa da Silva e o enteado de 17 anos. O empresário morreu na hora. Moon alegou legítima defesa, versão que não prosperou nem no inquérito da Polícia Civil nem na análise do Ministério Público Estadual.
Uma reconstituição com todos os envolvidos e também testemunhas foi realizado no dia 11 de janeiro de 2017. Na data, Moon estava preso em virtude a um mandado de prisão preventiva, mas no dia 1º de fevereiro, ele ganhou a liberdade. Em resposta, o MPE entrou com recurso pedindo que o policial fosse novamente preso e também respondesse pelo crime de fraude processual, o que foi negado pelo magistrado em despacho anterior.
Ainda assim, a denúncia feita pelo MPE pelo homicídio já foi aceita e o processo segue até que o juiz decida se o policial vai ou não a júri popular pelos crimes contra a vida dos quais é acusado.
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