Inquérito deve apontar que PRF agiu em legítima defesa

Ainda é mistério o que causou o esfaqueamento de um policial militar ambiental e a morte do autor, a tiros, por um policial rodoviário federal, na noite desta terça-feira (25). Claudemir Ferreira de Souza, de 45 anos, foi morto a tiros por um policial rodoviário federal depois de esfaquear o militar em um bar no Bairro Tiradentes, em Campo Grande, e tinha extensa ficha criminal.

Na manhã desta quarta-feira (26) o delegado Hoffman Dávila Cândido, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, afirmou que o PRF agiu em legítima defesa e também foi ferido a golpes de faca ao tentar impedir o crime e desarmar Claudemir.

O crime aconteceu em uma conveniência na Rua Getúlio Costa Lima esquina com a Panambi. De folga, os dois policiais conversavam no local e quando foram até o balcão buscar carne, foram surpreendidos pelo homem. Segundo o delegado, Claudemir se aproximou e esfaqueou o PMA pela primeira vez.Morto após esfaquear PM também tentou ferir PRF e tinha várias passagens

Vendo a cena, o PRF tentou desarmar o suspeito e entrou em luta com ele, mas também foi atingido nos braços. Depois de ferir o policial rodoviário federal, Claudemir voltou para a primeira vítima e desferiu mais dois golpes.

Ele então teria novamente partido para cima do PRF, que sacou a arma e se identificou como policial. O homem teria prosseguido com o ataque e nesse momento foi atingido por dois disparos feitos pelo policial, um deles no pescoço e morreu no local. O policial militar foi socorrido e seu quadro de saúde é estável. 

Não há informações da motivação do crime. Ainda conforme Hoffman, a arma usada no crime, uma pistola .40, foi apreendida e o PRF depois de ouvido acabou liberado, já que as investigações preliminares apontaram legítima defesa. Claudemir, segundo a polícia, possui várias passagens pela polícia.

Conforme apurado pelo Midiamax, em 2015 Claudemir foi apontado pela polícia como um dos envolvidos em uma dupla tentativa de homicídio, também no Tiradentes. Ele conduzia o carro enquanto um comparsa efetuou disparos contra uma residência da Rua Oceania. O crime teria acontecido após uma briga em um bar.

Para fugir de Claudemir e do comparsa, a vítima correu para casa de parentes, foi perseguido pelos autores, que no local acabaram impedidos de entrar por dois homens. Minutos depois a dupla voltou ao imóvel e disparou contra os protetores do desafeto. As vítimas conseguiram fugir, mas um deles acabou ferido.