Rapaz obrigou esposa a assistir o crime 

Foi identificada como  Arcenia Alarcon Nunez,  de 57 anos, a mulher encontrada morta com sinais de estupro na manhã desta terça-feira (16) em um matagal em distante 346 quilômetros de Campo Grande. De acordo com o delegado responsável pelo caso, a vítima era paraguaia e tinha deficiência intelectual, caracterizada pela limitação no comportamento adaptativo e habilidades conceituais, sociais e práticas.Morta por estuprador na frente da namorada tinha 57 anos e limitação intelectual

Conforme o delegado Rodolfo Daltro, familiares procuraram a delegacia nesta quarta-feira (17) e identificaram a vítima. O responsável pelo crime, Hércules Cardena Duarte, de 19 anos, foi preso na terça-feira. Em depoimento ele afirmou que não conhecia Arsência e disse ter estuprado e assassinado a mulher porque estava bêbado.

Conforme o delegado, em depoimento o jovem disse que estava em uma conveniência bebendo com amigos, quando teria visto a vítima, que tinha deficiência intelectual. Ele a atraiu para um matagal que fica a 500 metros de onde morava. Lá, o suspeito teria estuprado e agredido a vítima. “Ele a agrediu com socos, chutes, pedradas e pressionava o pé contra pescoço dela”, explicou o delegado.

Após as agressões, o suspeito contou que mesmo sujo de sangue, foi até a casa onde morava e fez com que a mulher o acompanhasse até o local do crime para conferir o que ele havia feito. De volta ao matagal, desta vez com a mulher, Hércules bateu na esposa e a obrigou a assistir às agressões à Arsênia.

Para o delegado, a esposa de Hércules afirmou que o marido obrigou que ela também agredisse a vítima. “Ela titubeou, mas por medo chegou a colocar os pés contra o pescoço dela”, conta.

Após a série de agressões, Hércules ainda tentou carbonizar o corpo da vítima. “O corpo dela estava parcialmente queimado quando encontramos. Ele jogou a camiseta dele e as roupas dela sobre o corpo e tentou carbonizar”, explica.

Sem sucesso na tentativa de incendiar o corpo da vítima, o rapaz deu  que o delegado classificou como “golpe de misericórdia”. “Por fim ele cortou o pescoço dela com uma garrafa quebrada e atirou uma pedra grande em sua cabeça”, contou o delegado.

Após o crime a mulher do suspeito saiu do local e voltou para casa. Cerca de 20 minutos depois,  Hércules teria voltado para a residência, tomado banho, jantado e dormido. “Ele agiu como se nada tivesse acontecido. No outro dia, acordou, tomou banho e foi trabalhar normalmente”, afirma o delegado.

O suspeito foi preso após buscas realizadas na região depois de denúncias recebidas. De acordo com o delegado, a mulher não havia entrado em contato com a polícia por medo.

Hércules será indiciado por estupro e qualificado.