Matou namorado da ex com carro do Detran-MS e diz que ‘foi acidente’
Crime aconteceu em julho de 2016
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Crime aconteceu em julho de 2016
Em julgamento na manhã desta quarta-feira (21), Max Willian Romana dos Santos de 24 anos disse que o atropelamento que resultou na morte de Rafael Souza de 25 anos teria sido um ‘acidente’.
Ele disse que após seis meses do término do relacionamento, o casal teria reatado e no dia anterior ao crime (sábado) teria passado o dia na chácara de seu pai retornando no domingo, 31 de julho.
Ao chegar à residência do casal flagrou Rafael no imóvel com a mulher quando teve início a uma discussão entre os três. Em seguida todos saíram da residência e a mulher estava pilotando a moto, quando segundo Max percebeu que Rafael fez menção de estar armado momento em que se assustou e acabou atropelando o casal ‘acidentalmente’.
O que foi contestado pela ex-mulher de Max, que disse que estava separada há seis meses e que no dia do crime tinha ido até a sua residência com o namorado para buscar roupas, quando ele chegou e passou a discutir com o casal.
Ainda segundo ela, todos saíram e quando ela passou na motocicleta com Rafael na garupa Max teria ‘jogado’ o carro de propósito em cima do casal atropelando o jovem, que morreu. A mulher ainda afirmou que seria impossível Rafael fazer menção de estar armado, já que estava com as mãos ocupadas segurando sua bolsa e uma sacola de roupas.
O crime
O crime aconteceu por volta das 18h30 de um domingo (31), quando Max, que estava em um carro oficial do Detran – estava em conserto na oficina que ele trabalhava- encontrou o casal parado em uma rua do bairro. Um tio de Rafael ainda detalhou que eles estavam na moto que pertence à mãe do rapaz e que mesmo depois de derrubar o casal do veículo, ele ainda teria dado ré e ‘passado por cima’ de Rafael mais uma vez.
Max teria fugido em um mototáxi e se escondido em um matagal próximo à região do Bairro Nova Bahia. Ele ficou escondido no matagal até a segunda-feira (1º), quando foi a uma lan house para acessar jornais locais e ler se o crime teria sido noticiado. Logo após, foi até a casa de um irmão, que mora no Jardim Noroeste para se esconder.
O irmão de Max foi quem o convenceu a se entregar na delegacia onde se apresentou quatro dias após o atropelamento. Na época do crime, a delegada Ana Karine da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), disse que Max se apresentou calmo e consciente do crime. “A todo o momento ele demonstrava amor e muito ciúmes pela ex-mulher”, disse.
De acordo com a acusação, o delito foi qualificado por recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois as surpreendeu quando repentinamente posicionou seu carro atrás da motocicleta.
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