LSD, ecstasy e cristal que ‘abasteciam’ raves na Capital chegavam por correspondência

Adolescente, de 17 anos, faturava R$ 5 mil por festa

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Adolescente, de 17 anos, faturava R$ 5 mil por festa

Equipes da Denar (Delegacia Especializada em Repressão ao Narcotráfico) apreenderam ontem, terça-feira (10), um adolescente, 17 anos, pelo comércio das drogas sintéticas LSD, ecstasy e MDMA, conhecida como cristal, na região do Shopping Norte Sul e festas raves de Campo Grande.

Os agentes receberam a denúncia de comercialização dessas drogas na região e apreenderam o garoto no estacionamento do shopping. Durante a abordagem, que ocorreu próximo ao Fort Atacadista, os policiais encontraram dentro de uma capa de DVD, 102 comprimidos de ecstasy e 100 micropontos de LSD.

Após a apreensão em flagrante, seguiram para a casa do adolescente localizada na Vila Bandeirantes, onde foram encontrados várias cartelas com micropontos de LSD, vários comprimidos de ecstasy, quantidade de MDMA, R$ 6,1 mil e um saco com ecstasy em líquido acompanhado de cubos de açúcar.

Conforme o delegado, João Paulo Sartori, a venda do ecstasy líquido é feita com uma gota da droga diretamente no cubo de açúcar. Nas festa, muitas vezes a droga é colocada diretamente no olho ou na boca dos clientes.

Além das drogas pela casa, a polícia achou na bolsa da irmã do adolescente, identificada como Adria Letícia de Matos Taves, 23 anos, dez comprimidos de ecstasy e uma porção de maconha. À polícia, ela disse que furtou os comprimidos do irmão, mas que a maconha era para seu consumo.

No quarto da mãe dos irmãos, identificada como Luciana de Matos Santos, a polícia encontrou um tablete de maconha. A mãe foi presa por favorecimento ao tráfico e Letícia e o irmão por tráfico de drogas.

Ao todo, foram apreendidos 1312 micropontos de LSD, 679 comprimidos de ecstasy, além de comprimidos de cristal e ecstasy líquido. Segundo o delegado, cada microponto era vendido a R$ 20, já o comprimido ou gota do ecstasy por cerca de R$ 60. À polícia, o adolescente disse que vendia em raves desde outubro do ano passado.

Ainda de acordo com a polícia, ele recebia a droga por correspondência, direto dos estados de São Paulo e Paraná.

O adolescente faturava cerca de R$ 5 mil, por festa, e era responsável por sustentar a casa com o dinheiro que ganhava com a venda das drogas nas raves e também com clientes fixos. Para o delegado, no momento do flagrante o adolescente possivelmente estaria esperando um cliente.  

Mãe e filha foram apresentadas em coletiva e negam a participação, mas confirmam o uso das drogas. Ao Jornal Midiamax, Luciana disse que desconhecia a ação criminosa do filho e disse que ele era agressivo, só chegava sem dinheiro em casa e não a deixava entrar no quarto.

Mas segundo a polícia, ela e o marido foram presos em flagrante, em 2011, vendendo drogas no Mercadão Municipal. À época, eles usavam o filho para comercializarem a droga, enquanto brincavam com as crianças, eles aproveitavam para vender os entorpecentes. 

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