As vítimas em sua maioria eram de outros estados

Mais um integrante da quadrilha de falso frete foi preso durante a madrugada desta terça-feira (5), em Campo Grande, no Bairro Dom Antônio Barbosa, por equipes do Batalhão de Choque. Foi preso Kelvin Velasquez Ferreira de 25 anos.

Durante rondas, os policiais abordaram Kelvin e foi constatado que estava evadido do sistema prisional e que fazia parte da quadrilha do golpe do falso frete. Kelvin Velasquez têm passagens por roubo, furto, desacato, lesão corporal, homicídio na forma tentada e homicídio qualificado.

Na última sexta-feira (1º), três suspeitos foram presos e o mentor dos crimes foi identificado como um interno do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande). De dentro do presídio e por telefone, ele repassava informações dos roubos aos comparsas.

Primeiramente os policiais chegaram a Erickson Velasquez Ferreira, de 29 anos. Ele chegava a casa de uma tia quando foi abordado e acabou confessando a participação na série de roubos a caminhoneiros.

Na casa do segundo integrante da quadrilha, Erivelton Cebalho Côrrea, de 21 anos, foi encontrado um revólver. Eles explicaram a polícia que os crimes eram organizados por um interno do IPCG. Segundo os suspeitos, por telefone, o interno conhecido como Salim, “repassava as orientações sobre o destino dos caminhões”.

Ainda apontaram pelo menos outros cinco integrantes da quadrilha. Em buscas pelos suspeitos, os policiais conseguiram localizar e prender Jonathan Henrique Ferreira, que além de participar dos crimes, estava foragido do regime semiaberto. Além das armas, os policiais apreenderam rádios comunicadores usados pelo grupo.Integrante de quadrilha de falso frete é preso durante a madrugada

Modo operandis

As vítimas, em sua maioria de outros estados, eram atraídas pelos bandidos até Campo Grande com propostas de transporte de cargas e até mudanças. Aqui, eles eram rendidos e feitos reféns pelos ‘contratantes’.

Sempre armados, um ou dois integrantes do grupo ficavam responsável por manter as vítimas em cárcere, enquanto os caminhões eram levados para a fronteira do Estado com o Paraguai. Em todos os casos, os proprietários dos veículos eram amordaçados e amarrados e deixados em locais ermos após o crime.

Segundo a polícia, o ‘diferencial’ da quadrilha é que para não levantar suspeita, parte do dinheiro combinado pelo falso frete era depositado para as vítimas. Além disso, o grupo contratava sempre pessoas de fora do Estado, que não tinha conhecimento dos casos anteriores.