Tipo de armamento é utilizado em assaltos a banco do tipo ‘Novo Cangaço’

​Armas e munições restritas apreendidas em uma casa do Jardim Inápolis, na noite desta sexta-feira (27), em Campo Grande, seriam do PCC (Primeiro Comando da Capital), possivelmente, para uso em assaltos do tipo “Novo Cangaço”. Além de depósito, o imóvel onde o armamento foi encontrado também seria usado como “boca de fumo”.

Conforme a PM, o armamento é tipicamente usado em assaltos a bancos do tipo “Novo Cangaço” – como são chamados os ataques a cidades de pequeno porte. Este tipo de roubo é comum no Norte e Nordeste, em que os bandos fazem reféns, muitas vezes no meio da rua, e é instalado um clima de pavor.

A potência das armas de uso restrito também chama a atenção. De acordo com a PM, o fuzil AR-15 apreendido pode disparar 800 tiros por minuto em um alcance de 700 metros. Já a submetralhadora de calibre 9 mm, 600 tiros por minuto em um alcance de 300 metros.

A apreensão ocorreu ontem à noite, depois que os militares receberam denúncia anônima. O proprietário da casa estava ao lado de fora da residência e chegou a permitir a entrada da polícia.

Foram localizadas 341 munições, 29 de calibre 762, 99 de calibre 556, 84 de calibre 9mm, 37 de calibre 380, 33 de calibre 38, 30 de calibre .765 e 20 munições calibre 32 auto. Fuzil AR-15 e submetralhadora apreendidos em Campo Grande seriam do PCC

Além do arsenal de munições, foram localizados: uma pistola calibre 765 com um carregador contendo 10 munições intactas no carregador, um Spikes Tactical Apopka, modelo fuzil AR-15, uma pistola Taurus calibre 7,65, uma submetralhadora Rugger calibre 9 mm e uma espingarda de caça b3944, todas com carregadores.

O morador recebeu voz de prisão e o fato foi registrado como porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Assalto

​No mês de maio, uma força-tarefa foi montada em Paranaíba para caçar os bandidos que explodiram a agência da Caixa Econômica Federal durante a madrugada no estilo “Nova Cangaço”. Na época, o helicóptero da Polícia Militar foi usado nas buscas. O grupo, de pelo menos cinco pessoas, chegou à agência por volta das 1h15 e a ação durou menos aproximadamente 15 minutos.

Os suspeitos explodiram três caixas eletrônicos e destruíram toda a unidade da Caixa. O cofre chegou a ser danificado, mas segundo informações preliminares, não foi arrombado. Artefatos foram encontrados durante trabalho da perícia, dentro da agência bancária, e os militares isolaram alguns quarteirões para segurança da população para fazer a detonação dos explosivos. No local, ainda foram apreendidos cápsulas de pistolas 9 mm e .380, espingarda calibre 12 e de Fuzil 556.

Os armamentos pesados foram usados para intimidar a polícia e a população, evitando que se aproximassem do banco, método conhecido como ‘Novo Cangaço’. Veículos chegaram a ser atingidos pelos disparos feitos pelos bandidos. Nas imagens das câmeras de segurança de prédios da região flagraram a fuga dos bandidos, e nelas é possível ver um dos suspeitos efetuando tiros para cima.