Funcionária que reconheceu empresário morto por PRF volta a ser ouvida pela polícia

O caso segue em investigação 

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O caso segue em investigação 

Ex-funcionária de Adriano Correa, de 33 anos e a primeira a chegar ao local em que o empresário morreu Bruna Eduarda Silva, de 26 anos, voltou a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande para prestar novos depoimentos a polícia nesta terça-feira (3). Junto com ela, o proprietário da boate onde as vítimas comemoravam o aniversário do adolescente no dia do crime também foi ouvido pela polícia.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, Bruna foi até a delegacia por volta das 14 horas. A mulher trabalhou com Adriano nos dois restauras japoneses em que era dono na Capital e agora é funcionária na mesma boate em que o empresário e Agnaldo Espinosa da Silva, de 48 anos, comemoravam o aniversário do adolescente de 17 anos, também ferido no crime.

Foi Bruna a primeira conhecida a chegar à Avenida Ernesto Geisel, onde Adriano foi assassinado a tiros pelo policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, de 47 anos e reconheceu o corpo do empresário. No dia 31 de dezembro, ela foi levada a delegacia e conversou com o delegado responsável pelo caso pela primeira vez.

Nesta tarde, e na companhia do dono da boate em que trabalha, voltou à delegacia. Para a reportagem, o proprietário do local em que as três vítimas estavam afirmou que os novos depoimentos devem ser necessários para a polícia e que ele e a funcionária só devem comentar o caso em outro momento.

Investigação

As equipes da 1ª Delegacia investigam para esclarecer o que de fato aconteceu no dia do crime. Os áudios das ligações que o policial afirma ter feito ao Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança), Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) serão requisitados pela polícia, que também procura vídeos feitos por testemunhas no local do crime.

Na versão do policial, a confusão aconteceu depois que ele desconfiou do empresário, que dirigia uma Hilux e resolveu abordá-lo. Testemunhas contam que tudo aconteceu por conta de uma briga, depois que Adriano teria ‘fechado’ o Ricardo Hyun Su Moon, que conduzia uma Pajero.

O policial teria perseguido o empresário. De acordo com o depoimento de uma das vítimas, quando a Hilux parou eles tentaram descer, mas o policial exigiu que ficassem dentro do veículo mostrando que estava armado, e que eram para esperar a polícia que tinha sido acionada.

Neste momento, Adriano teria tentado sair do local acelerando o carro. O policial que estava quase em frente ao veículo ao perceber a tentativa de fuga, passou a efetuar os disparos acertando o adolescente na perna, e Adriano por quatro vezes.

O caso ainda poderá ser enviado para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) se for comprovado que o adolescente ingeriu bebidas alcoólicas na boate.

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