Falta definir o juiz e se o caso será tipificado  como homicídio

Familiares do adolescente  Wesner Moreira da Silva, morto aos 17 anos, agredido por Tiago Demarco Sena, de 20 anos, e Willian Larrea, de 31 anos, irão fazer um manifesto na tarde desta sexta-feira (3) em frente ao Fórum de Campo Grande, na Rua da Paz. 

A concentração inicial ocorre às 14 horas no Belmar Fildalgo. No dia 18 do mês passado, parentes e conhecidos do jovem fizeram um protesto na Praça Ary Coelho. No último dia 24 de janeiro,  o delegado da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente),  Paulo Sérgio Lauretto solicitou o resultado completo do exame necroscópico do adolescente.

Segundo o delegado, ele recebeu um resultado parcial em que é confirmado no laudo que o ar expelido pelo aparelho de compressão, através da mangueira, causou a morte do adolescente. No entanto, há necessidade de algumas peças do exame que ficaram faltando e, como há uma pequena demora na entrega, foi feita a solicitação em caráter emergencial.

Com o resultado completo, o delegado deve dar continuidade ao caso. No último dia 23, o resultado parcial do exame necroscópico apontou que a causa da morte de Wesner foi um choque hipovolêmico, ou seja, grande perda de sangue e líquidos. A hemorragia interna aconteceu no esôfago, onde o ar que entrou no corpo do adolescente teria encontrado resistência e rompido o órgão.

Juiz nega prisão a dupla que matou adolescente

A Justiça negou no último dia 17 de janeiro, o pedido de prisão de Tiago e Willian, acusados pela morte de Wesner, que morreu 11 dias após uma agressão com uma mangueira de alta pressão em uma lava jato em Campo Grande.

De acordo com o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal de Júri da Capital, a autoridade policial não trouxe “fundamentação quanto à concreta necessidade da prisão preventiva dos envolvidos”, sendo assim, negou o pedido.
 

Ainda segundo Garcete, como o TJ-MS é quem irá verificar se o fato é homicídio com dolo eventual ou lesão corporal de natureza grave e, para que esta questão não prejudique o pedido, o pedido de prisão foi apreciado e negado, ainda que momentaneamente, até o pronunciamento em definitivo do Tribunal. O juiz responsável pelo caso também será decidido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.