Delegado não descarta prisão de patrão e amigo por agressão em lava jato
Caso é investigado pela Depca
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Caso é investigado pela Depca
“Ainda não tenho elementos necessários para pedir a prisão, mas isso é considerado”, afirmou o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da delegacia que investiga a agressão ao adolescente de 17 anos em um lava jato da Capital na sexta-feira (3). O jovem segue internado na Santa Casa após ter o intestino rompido no que é considerado por familiares como uma ‘brincadeira de mau gosto’.
Lauretto, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) confirmou ao Midiamax que aguarda uma melhora no estado de saúde do adolescente para que ele possa prestar depoimento. O jovem esteve internado na enfermaria após passar por cirurgia, mas teve piora na noite de domingo, foi para a área vermelha do hospital e agora está na área amarela.
Segundo o delegado, a prisão preventiva do proprietário do lava jato onde o caso aconteceu, o rapaz de 20 anos, e o funcionário e amigo do adolescente, de 31 anos, é cogitada. No entanto, a polícia não tem até o momento elementos necessários para que a prisão seja determinada. “Se no decorrer das apurações e do inquérito for considerado necessário o pedido de prisão, isso será feito”, esclareceu.
Para o delegado Lauretto, outro caso que dificulta a apuração do crime em si é o fato de familiares da própria vítima chamarem o ocorrido de “brincadeira de mau gosto”. Isso teria dificultado a tipificação do crime, que é tratado até o momento como lesão corporal grave.
Quanto ao fato de os suspeitos não terem sido presos na 4ª Delegacia de Polícia Civil ou na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, onde prestaram depoimento, o delegado não soube dizer o que aconteceu de fato, mas explicou que, pelo que sabe, os dois apenas informaram o caso à polícia, sem darem detalhes da autoria ou do estado de saúde do jovem.
Relembre o caso
O crime ocorreu na última sexta-feira (3), quando o dono do lava jato, de 20 anos, com a ajuda de outro funcionário, de 31 anos, introduziram a mangueira de um compressor no ânus do garoto, que também trabalhava no local.
De acordo com os familiares e com o que consta no boletim de ocorrência, o funcionário segurou o jovem enquanto o dono inseriu o aparelho no corpo da vítima. No mesmo momento, o adolescente passou mal, vomitou e os autores perceberam que o estado era grave.
O proprietário do estabelecimento conversou com a sogra, com quem mora, e ela foi até a polícia prestar depoimento na segunda-feira (6). Ela chegou a dizer que a ‘brincadeira de mau gosto’ com a mangueira do compressor de ar era comum entre os funcionários do lava jato.
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