Caso Kauan: suspeito vai para presídio e terá benefício por ter sido jurado

Preso está em área provisória, conhecida como ‘corró’

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Preso está em área provisória, conhecida como ‘corró’

​O principal suspeito de matar Kauan Andrade, 9 anos, e jogar o corpo no Córrego Anhanduí, deixou uma das celas da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) e foi levado ao Instituto Penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste, na manhã desta quinta-feira (27). Nível superior e participação como jurado voluntário do Tribunal do Júri podem garantir benefícios ao custodiado.

Inquérito pelo abuso e exploração sexual deve ser encerrado nesta sexta-feira (28), mas outras duas investigações, por homicídio, ocultação de cadáver e posse de pornografia, não têm prazo, segundo a Polícia Civil.

Conforme a defesa do suspeito, o advogado Alessandro Farias, benefícios como o nível superior e participação como jurado do Tribunal do Júri devem garantir a permanência ‘segura’ do cliente no presídio. Caso Kauan: suspeito vai para presídio e terá benefício por ter sido jurado

Caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O pedófilo suspeito de matar Kauan nega as acusações, mas de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, na casa do revendedor de celulares, não deixam dúvidas da autoria.

As buscas

Foram cinco dias de buscas pelo corpo de Kauan Andrade, de 9 anos, no Córrego Anhanduí, em Campo Grande. O Corpo de Bombeiros percorreu aproximadamente 12 quilômetros pelas margens secas do córrego, além de usar botes e mergulhadores na tentativa de achar o garoto.

Acredita-se que Kauan poderia estar preso em uma pedra ou galho, e um pente fino foi feito, mas nada foi encontrado.

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